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Dólar sobe a R$ 5,44, com plano do governo sobre tarifaço e declarações de Galípolo no radar

por Redação
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“A militância antidiplomática dessas forças de extrema direita que atuam junto à Casa Branca teve conhecimento da minha fala, agiu junto a alguns assessores, e a reunião virtual que seria na quarta-feira foi desmarcada”, disse Haddad.

▶️ No Brasil, o mercado acompanhou discurso do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento em São Paulo. Ele afirmou que o tarifaço era visto como uma “oportunidade de proteção” diante da pouca dependência comercial do Brasil, mas é esperada um freio na economia.

Ele também comentou que o BC segue atento aos sinais econômicos, mas evitou indicar quando novos cortes de juros podem ocorrer. “Tivemos um aumento da incerteza e temos mais riscos”, afirmou.

“Elevamos a Selic a um patamar restritivo e vamos mantê-la nesse nível para garantir que a inflação convirja para a meta. Essa é a nossa bola, e não podemos tirar o olho dela”, disse Galípolo.

Nesta terça-feira, os olhos se voltam para a divulgação da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

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💲Dólar

  • Acumulado da semana: +0,14%;
  • Acumulado do mês: -2,81%;
  • Acumulado do ano: -11,91%.

📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: -0,21%;
  • Acumulado do mês: +1,92%;
  • Acumulado do ano: +12,75%.

Governo prepara plano após ‘tarifaço’

A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem discutido adotar um plano de contingência para evitar danos à economia brasileira e às empresas afetadas pelo decreto do presidente americano, Donald Trump, que elevou para 50% a alíquota sobre exportações brasileiras.

As medidas estudadas por ministérios devem ser apresentadas a Lula nesta segunda-feira (11). A expectativa é que o pacote seja anunciado até amanhã, terça (12).

Mesmo com a previsão de novas medidas, no entanto, o mercado ainda precifica impactos do tarifaço na atividade brasileira.

Um relatório da Moody’s Analytics divulgado nesta segunda-feira (11), por exemplo, mostrou a expectativa de que as taxas dos EUA devem reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 0,2%.

Ainda de acordo com o documento, embora os EUA representem cerca de 12% das exportações brasileiras, o aumento das compras chinesas de produtos agrícolas deve mitigar os efeitos das tarifas ao longo do tempo.

Barreiras comerciais internas, como o “Custo Brasil”, continuam elevando preços e dificultando a competitividade. A Moody’s Analytics aponta que uma liberalização gradual poderia impulsionar a produtividade, aproximando o Brasil de economias exportadoras da Ásia.

Agenda econômica

No calendário econômico brasileiro, os investidores acompanham neste início de semana as novas projeções do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). O relatório é feito com base em pesquisa realizada com mais de 100 instituições financeiras na última semana.

Na pesquisa divulgada hoje, economistas reduziram, pela décima primeira semana consecutiva, a estimativa de inflação para este ano. A projeção para 2026 também recuou.

Além disso, a expectativa do mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 recuou de 2,23% para 2,21%. Já a projeção para a Selic em 2025 permanece em 15% ao ano — atual nível da taxa básica de juros.

Nesta semana, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho será divulgado na terça-feira (12) e pode sustentar a postura cautelosa do Banco Central diante da inflação acima da meta. Na quarta e quinta, saem os dados de vendas no varejo e do setor de serviços, respectivamente.

Mercados globais

Nos mercados globais, os olhares se voltam aos Estados Unidos. Nesta manhã, as bolsas em Wall Street abriram com pouca oscilação, em uma semana marcada por indicadores econômicos que podem influenciar a trajetória dos juros nos próximos meses.

O mundo também estará de olho nos dados de inflação da maior economia do mundo com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). A inflação e o mercado de trabalho são os principais fatores para as decisões do Federal Reserve (Fed).

A aposta é de que a desaceleração no mercado de trabalho dos EUA leve o Fed a cortar os juros na reunião de setembro. Por outro lado, a inflação ainda está acima da meta de 2%, gerando preocupação de que novos estímulos possam aumentar a pressão inflacionária na economia americana.

Outro destaque é a Nvidia, que teria aceitado repassar 15% da receita com vendas de inteligência artificial na China ao governo dos EUA. Segundo a imprensa, o CEO Jensen Huang se reuniu com Trump na Casa Branca na semana passada para fechar o acordo.

Dólar vive disparada nos últimos dias — Foto: Cris Faga/Dragonfly/Estadão Conteúdo

*Com informações da agência de notícias Reuters

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