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‘Tive uma segunda chance’, diz Rafaela Marquezini, apresentadora da Globo no ES, após dengue grave

por Gilberto Cruz
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Rafaela Marquezini fala sobre quadro de dengue grave que a levou para a UTI
Afastada do telejornal Gazeta Meio Dia, desde o dia 16 de agosto, a apresentadora da TV Gazeta, afiliada da Rede Globo no Espírito Santo, Rafaela Marquezini, revelou nas redes sociais na segunda-feira (25) que a dengue grave, do tipo hemorrágica, deixou a jornalista internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por dois dias.
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Rafa, como é carinhosamente chamada pelo público, deu entrada no hospital na quinta-feira (21), teve alta na segunda-feira, mas continua com os cuidados em casa.
“Eu cheguei ao praticamente em colapso. Se eu demorasse algumas horas a mais para procurar ajuda, não sei o que teria acontecido”, contou.
A apresentadora estava com a taxa de plaquetas em 12.000, sendo que a contagem normal para adultos varia entre 150.000 e 450.000 por microlitro.
Sangramento no nariz
Rafaela foi diagnostica com dengue na segunda-feira (18). A jornalista contou que sentiu os sintomas clássicos do quadro, como febre, dor no corpo e dor de cabeça. Os sinais começaram a ir embora e ela imaginou que a doença estivesse indo embora.
Entretanto, uma forte dor no estômago, seguida de um sangramento no nariz, na manhã da quinta-feira, acenderam o alerta para a gravidade do caso.
“Eu acordei, chorando por conta dessa dor no estômago. Quando eu passei a mão no nariz veio sangue. Eu entrei em desespero, porque caiu a minha ficha de que eu estava com dengue hemorrágica. […] Eu sou muito grata a Deus, aos médicos e aos sinais que eu consegui detectar. O meu marido tinha lido na noite anterior na internet os sinais da dengue grave e ele leu que o sangue era um sintoma”.
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Alerta sobre a doença
Em conversa com o g1, na manhã desta quarta-feira (27) a apresentadora reforçou a importância das pessoas terem cuidado, se prevenirem e entenderem a gravidade que a doença pode alcançar.
“Não brinque com a dengue, principalmente se você tem criança em casa, idoso, ela vira dengue hemorrágica sem você perceber, quando você se dá conta pode ser tarde demais. Se eu não tivesse detectado isso, eu teria morrido em casa”.
Rafaela Marquezini, apresentadora da TV Gazeta, no Espírito Santo, fala sobre quadro de dengue grave que a levou para a UTI
Arquivo pessoal
A jornalista falou também sobre a importância dos cuidados continuaram após o quadro mais grave. Existem sequelas que precisam de acompanhamento, no caso da apresentadora, o surgimento de uma hepatite, que agora está sendo acompanhada e tratada.
Rafaela Marquezini trabalha na Rede Gazeta há 26 anos. Ainda não há previsão para a apresentadora voltar à tela da TV.
Médico orienta buscar o hospital ao perceber sinais mais graves
Os sintomas clássicos da dengue são febre alta que aparece abruptamente, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, fraqueza, dor muscular. Pode haver manchas pelo corpo e pequeno sangramento.
Entretanto, segundo o médico infectologista Paulo Peçanha, os sinais de alerta para dengue grave incluem dor abdominal intensa e persistente, sangramento mais intenso, vômitos persistentes, pressão baixa, tontura.
“Nesses casos, a orientação é procurar o pronto socorro na mesma hora. Possivelmente a pessoa está bastante desidratada e precisa de acompanhamento e hidratação vigorosa”, disse.
O médico explicou que o sangramento acontece por diminuição de plaquetas e por lesões vasculares provocadas pelo vírus. Ele falou também sobre a contagem de plaquetas, que costumam indicar o quadro de dengue.
Sintomas da dengue
Arte/TV Globo
“Com plaquetas abaixo de 50 mil já é recomendado que a pessoa fique em observação no hospital. A contagem média estabelecida pela Medicina em casos onde não é problema de saúde é de 120 a 150 mil”, apontou.
Segundo Peçanha, não tem como saber se a dengue vai de manifestar de forma grave ou não, depende da interação do vírus com o organismo de cada pessoa. Entretanto, grupos mais vulneráveis, como mais idosos, pessoas com diabete, doenças hematológicas podem desenvolver o quadro.
O médico lembrou que existem quatro tipos de vírus da dengue e todos podem desenvolver a forma grave da doença, entretanto, o sorotipo 3 é reconhecidamente o mais grave o que mais está circulando atualmente.
“Precisamos falar de prevenção, não tem porque a pessoa ficar esperando os quatro tipos da doença, o que tem que fazer é prevenir. As pessoas tem que tomar a vacina, que está disponível para alguns grupos na rede pública e para até 60 anos na rede privada, e adotar cuidados individuais como o uso de repelente e findar os criadouros do mosquito, os locais de água parada no entorno e dentro da residência. Assim vamos conseguir nos proteger”, finalizou.
Dengue no ES
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), até o dia 23 de agosto, o Espírito Santo registrou 31.367 casos prováveis de dengue, sendo 24.899 confirmados e um óbito. Em 2024, durante o mesmo período, foram 134.218 casos prováveis, 127.065 confirmados e 41 óbitos.
A Sesa divulgou ainda que o mês de setembro antecede o início do período de sazonalidade das arboviroses, especialmente as transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, Zika, chinkungunya, por isso é importante a população manter o combate ao mosquito causador dessas doenças, nas próximas semanas.
“As ações preventivas antecipadas permitem reduzir a população do mosquito e seus criadouros, diminuindo os riscos de surtos da doença durante os meses mais críticos, por isso é importante que toda população participe, com prevenção diária nas residências”, explicou o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso.
Dengue é transmitida principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti
Fabio Rodrigues/g1
Dez passos apontados pela Sesa que vão ajudar na proteção da comunidade:
Tampe caixas d’água, ralos e pias;
Higienize bebedouros de animais de estimação;
Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana de sua cidade. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos do contato com a água;
Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros e lave-os com água e sabão;
Limpe as calhas e a laje da sua casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
Coloque areia nos vasos de plantas;
Amarre bem os sacos de lixo e não descarte resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua;
Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
Receba bem os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Rafaela Marquezini, apresentadora da TV Gazeta, no Espírito Santo, fala sobre quadro de dengue grave que a levou para a UTI
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