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Tarifaço: Brasil deve retaliar os EUA? Veja pesquisa Ipsos-Ipec

por Redação
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Outros 43% discordam que o Brasil deveria retaliar os EUA aplicando tarifas altas sobre os produtos americanos. Segundo o instituto, há uma certa divisão sobre a resposta na mesma moeda, mas com maioria relativa defendendo a retaliação. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.

Questionados se “o Brasil deve responder na mesma moeda, aplicando tarifas altas sobre os produtos americanos”, os entrevistados responderam:

  • Concorda totalmente: 33%;
  • Concorda em parte: 16%;
  • Discorda em parte: 13%;
  • Discorda totalmente: 30%;
  • Não sabe/Não respondeu: 7%.

O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 5 de agosto, um dia antes de o tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA entrar em vigor. Foram realizadas 2 mil entrevistas em 132 cidades. O nível de confiança é de 95%.

49% dos eleitores brasileiros defendem que o Brasil deve responder na mesma moeda ao tarifaço de Trump. — Foto: Eduardo Munoz/Reuters; Ricardo Stuckert/Divulgação via Reuters

O grupo mais favorável à resposta na mesma moeda é formado por eleitores de Lula (61%), moradores do Norte/Centro-Oeste (58%), de 16 a 24 anos (55%), com ensino superior (53%), mulheres (51%), católicos (51%) e que aqueles com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (50%).

Já os contrários ao Brasil retaliar os EUA com taxa estão mais concentrados entre aqueles que votaram em Jair Bolsonaro (56%), moradores do Sul (52%), quem vive na periferia (52%) e evangélicos (50%).

Maioria vê tarifaço como motivação política

O levantamento também mostra que 75% dos brasileiros acreditam que o tarifaço teve “uma motivação política”, enquanto 12% disseram ser “uma questão comercial”.

Dos entrevistados, 5% responderam “ambas”, considerando o tarifaço tanto como uma questão comercial quanto uma questão política. Não sabem ou não responderam somaram 8%.

  • Uma questão política: 75%;
  • Uma questão comercial: 12%;
  • Ambas (espontânea): 5%;
  • Não sabe/não respondeu: 8%.

Segundo o Ipsos-Ipec, a questão política se intensifica sensivelmente entre os entrevistados com 45 a 59 anos (80%) e os moradores das Regiões Nordeste e Sudeste (77%, em cada), na comparação com as demais regiões – Norte/Centro-Oeste (71%) e Sul (72%).

Entre os católicos, 76% acreditam ser uma questão política e, entre os evangélicos, 74%. Na divisão por renda, acham que se trata de uma questão política: 77% de quem ganha até 1 salário mínimo, 76% de quem ganha mais de 1 a 2 salários, 77% de quem ganha mais de 2 a 5 salários e 70% de quem ganha mais de 5 salários.

Desgaste na imagem dos EUA

Segundo o instituto, a pesquisa aponta um desgaste na imagem que o brasileiro tem dos Estados Unidos.

Antes do tarifaço, a pesquisa afirma que a imagem dos Estados Unidos era predominantemente positiva, com 48% considerando “ótima” ou “boa”, 28% afirmando ser “regular”, e 15% dizendo que tinham uma imagem “ruim” ou “péssima” dos Estados Unidos.

Dos entrevistados, 38% disseram que a imagem que têm dos EUA mudou para pior, enquanto 6% disseram que mudou para melhor. Contudo, para 51% a imagem que têm do país permanece a mesma.

  • Mudou para pior: 38%;
  • Mudou para melhor: 6%;
  • Permanece a mesma: 51%;
  • Não sabe/não respondeu: 5%.

Outros parceiros

Para 68% dos entrevistados, o Brasil deveria priorizar acordos com outros parceiros comerciais, como China e União Europeia, após o tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Outros 25% discordam da afirmação.

Questionados se “o Brasil deveria priorizar acordos com outros parceiros comerciais, como a China e a União Europeia”, os entrevistados responderam:

  • Concorda totalmente: 45%;
  • Concorda em parte: 23%;
  • Discorda em parte: 10%;
  • Discorda totalmente: 15%;
  • Não sabe/Não respondeu: 8%.

Isolamento do Brasil

A maioria dos entrevistados, porém, considera que o Brasil pode ficar mais isolado no cenário internacional por conta das tarifas impostas por Donald Trump e os Estados Unidos: 60% demonstram defender com a possibilidade de isolamento, enquanto 32% não veem este risco.

Questionados se “a situação de embate com os Estados Unidos pode deixar o Brasil mais isolado no cenário internacional”, os entrevistados responderam:

  • Concorda totalmente: 38%;
  • Concorda em parte: 22%;
  • Discorda em parte: 14%;
  • Discorda totalmente: 18%;
  • Não sabe/Não respondeu: 8%.

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