A punição dos amotinados da Câmara dos Deputados corre o risco acabar numa pizza grande de 14 pedaços — o número de deputados que tiveram os nomes encaminhados para a Corregedoria da Casa para análise sobre participação na ocupação da mesa do plenário.
🔎Ao rejeitar encaminhar imediatamente uma suspensão de mandatos aos responsáveis pela baderna no plenário da Câmara, a mesa da Casa acabou optando por um ritmo bem “banho-maria”, que pode levar a uma análise num prazo de até 50 dias.
A suspensão teria de ser decidida em 48 horas, mas essa ideia acabou sendo afastada, exatamente pelas divergências entre os membros da mesa diretora da Câmara. Durante a reunião da semana passada, surgiram propostas de punição de dois ou cinco deputados.
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Corregedoria da Câmara recebe denúncia contra 14 deputados
Ao final, optou-se por enviar uma lista preparada por um deputado com nomes de 14 parlamentares, entre eles líderes do PL e da oposição, deixando pouco espaço para uma real punição.
Na avaliação dos dois lados, líderes governistas e da oposição, tudo pode acabar em advertências e, no máximo, em suspensão de dois deputados que tiveram maior participação na reta final da ocupação: Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC).
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve jogar com o fator tempo para tentar recuperar o poder dentro da Casa. Mas sem punição ele terá um desafio maior para reafirmar seu poder à frente dos trabalhos do Legislativo.
Deputado Hugo Motta Presidente da Câmara dos Deputados em 3 de junho de 2025
TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Punição de amotinados: risco de tudo acabar numa pizza de 14 pedaços
