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Lula defende soberania do Brasil e diz que o mundo está ficando ‘mais perverso’ e ‘mais nervoso’

por Redação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (11) que o Brasil precisa manter sua soberania e sonhar grande diante de um cenário internacional cada vez mais hostil. As declarações foram feitas durante a entrega de um prêmio da área de educação, no Palácio do Planalto.
A fala sobre soberania ocorre em meio a tensões comerciais com os Estados Unidos, após o anúncio de um tarifaço sobre produtos brasileiros. O governo americano aumentou tarifas de importação de mercadorias nacionais, medida classificada pelo Planalto como unilateral.
Ao anunciar o tarifaço, o presidente dos Estados Unidos disse ainda que o Judiciário brasileiro faz uma “caça às bruxas” ao julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado, por tentativa de golpe de Estado. A ação de Trump é vista como chantagem pelo governo brasileiro.
“Este país está precisando de todos nós, porque o mundo está ficando mais perverso. O mundo está ficando mais nervoso, e nós precisamos de um país soberano, democrático, e que o povo brasileiro seja o único dono deste país”
Lula destacou que, ao longo da história, a educação nunca foi prioridade no Brasil, lembrando que o país foi o último da América do Sul a criar uma universidade, em 1920 — e que isso só ocorreu para conceder um título honoris causa ao rei da Bélgica.
“Esse número que o ministro Camilo citou, de que um terço da população não terminou o ensino fundamental, é resultado do descaso com a educação. Nós resolvemos mudar a regra do jogo. Educação custa, porque precisa de infraestrutura, laboratórios, conhecimento científico e professores bem pagos”, afirmou.
Segundo o presidente, já há acordos firmados com 100% dos governadores e 99% dos prefeitos para alfabetizar 80% das crianças até 2030. Ele defendeu a ampliação da educação em tempo integral, com acesso à música, arte e cultura, e citou programas como o Pé-de-Meia, criado para garantir que jovens permaneçam na escola.
Lula também ressaltou a expansão dos institutos federais — de 140 construídos em um século para 785 ao final do seu atual mandato — e disse que sua própria trajetória, sem diploma universitário, reforça a missão de garantir oportunidades iguais para todos.
“O país será igual quando o filho do trabalhador disputar vaga com o filho do patrão”, declarou.
Contexto internacional
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil está disposto a dialogar com os EUA sobre barreiras tarifárias e não tarifárias, incluindo temas como big techs, data centers e minerais estratégicos, para construir um entendimento.
Já a ministra do Planejamento, Simone Tebet, lembrou que, embora os Estados Unidos sejam importantes, o maior parceiro comercial do Brasil hoje é a China e a Ásia. Ela citou projetos estratégicos, como a ferrovia que ligará o Atlântico ao Pacífico com apoio chinês, para acelerar o escoamento da produção nacional.

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