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Bolsonaro teve acesso prévio à defesa de general acusado de plano golpista, diz PF

por Redação
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A Polícia Federal apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve acesso, em seu celular, a documentos relacionados à defesa do general Mário Fernandes
O general, assim como Bolsonaro, é réu por tentativa de golpe de Estado. Ele está preso por ser o autor do plano Punhal Verde Amarelo, que previa assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Segundo relatório da PF, divulgado nesta quarta-feira (20) dentro foram encontrados dois arquivos em formato .docx no aparelho de Bolsonaro com relação direta à defesa apresentada por Fernandes ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os arquivos chegaram ao celular do ex-presidente por meio do WhatsApp, mas os investigadores não conseguiram identificar quem os enviou.
Um dos documentos, conforme a PF, é idêntico ao protocolado pela defesa de Mário Fernandes no STF.
De acordo com a Polícia Federal, a descoberta mostra que a organização criminosa formada para dar o golpe de Estado — como descrevem a própria PF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) — continuou atuando durante o processo penal.
Segundo os investigadores, subordinados seguiam prestando contas a Bolsonaro, considerado o chefe do grupo, o que reforça os indícios de que o ex-presidente permanecia no centro da articulação golpista.
Indiciamento
A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) por coação no curso do processo sobre a tentativa de golpe.
Na noite desta quarta-feira (20), agentes cumpriram mandado de busca e apreensão contra o pastor Silas Malafaia, recolhendo seu passaporte e telefone celular. Ele é suspeito de atuar como líder na pressão sobre ministros do STF para tentar suspender a ação penal contra o ex-presidente.
O relatório da PF reuniu mensagens e áudios atribuídos a Bolsonaro que, segundo os investigadores, mostram:
um conjunto orquestrado de ações do grupo investigado
tentativas de coagir membros do Judiciário e, mais recentemente, do Legislativo;
esforços para subjugar os chefes de Poder aos interesses da organização.
As mensagens estavam nos celulares de Bolsonaro, apreendidos pela PF. O material havia sido apagado, mas foi recuperado por peritos e, segundo a investigação, confirma que o ex-presidente desrespeitava as medidas cautelares impostas pelo STF de forma intencional.

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