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Suco de Laranja: Safra tem receita menor, aponta USP

por Redação
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O início da safra, por outro lado, é marcado por novo panorama dos países destinos. Os Estados Unidos e a Europa mantiveram, neste ano, o mesmo volume comprado, aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) do campus da USP em Piracicaba (SP), feita a partir de dados do governo federal, e divulgada nesta sexta-feira (17).

“Pela primeira vez em vários anos, os embarques aos Estados Unidos e à União Europeia se igualaram, com aproximadamente 48% de participação cada em volume”, analisa o Cepea.

📉De acordo com dados da Comex Stat, o volume de suco embarcado totalizou 199,7 mil toneladas em equivalente concentrado, queda de 4% frente a igual intervalo do ano anterior, e a receita recuou 15%, para US$ 751,3 milhões.

“A retração no montante recebido por exportadores reflete o enfraquecimento dos preços internacionais, diante da ampliação da oferta global e do comportamento mais cauteloso de compradores, sobretudo os europeus”, afirma o Cepea.

Suco sem tarifaço

Ainda segundo estudos dos pesquisadores do setor de hortifrúti do Cepea, a isenção da sobretaxa de 40% manteve os embarques aos Estados Unidos. Mas, os produtos derivados, óleos e farelo, seguem penalizados pela alíquota de 50%.

Diante desse contraste, os pesquisadores do Cepea ressalta a importância de acordos bilaterais que garantam competitividade.

“Apenas o suco de laranja, mas não seus subprodutos, foi isento da sobretaxa de 40%, permanecendo sujeito à tarifa de 10% acrescida da taxa fixa de US$ 415 a tonelada”, detalharam os pesquisadores do Cepea em boletim de agosto.

“Entre resiliência e prudência, o setor exportador entra em nova fase: menos euforia, mais estratégia. O futuro dependerá da inovação e da conquista de mercados em um ambiente de margens estreitas”, completam.

Mudança nos destinos

O destaque do início da safra, indicam pesquisadores do Cepea, foi a mudança na composição dos destinos.

“O avanço de 13% nas vendas ao mercado norte-americano, mesmo com a manutenção da tarifa residual de 10%, evidencia a elevada dependência dos Estados Unidos do suco brasileiro”, indica o Cepea.

“Já a União Europeia, tradicional principal destino, mostrou retração de 8%, influenciada pela redução da demanda após os altos preços e problemas de qualidade observados na safra anterior”, completa.

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Safra anterior

O volume de suco de laranja exportado pelo Brasil na safra 2024/25, que se encerrou em junho deste ano, foi o menor em quase 30 anos, mas a receita com os embarques foi recorde. O futuro do setor de citrus, no entanto, segue incerto.

Na comparação com a safra anterior, a receita cresceu 28,4%, totalizando US$ 3,48 bilhões, conforme estudo do Cepea no início de julho deste ano.

Oferta restrita: apesar do cenário de incerteza quanto à recuperação plena do consumo externo de suco e de uma safra ‘turbulenta’, nas palavras dos pesquisadores da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP), o impacto da elevação de 10% nas tarifas foi minimizado pela oferta restrita do Brasil, que sustentou os embarques.

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Agentes do setor de citricultura, consultados pelo Cepea, demonstraram receio de que demanda internacional não se restabeleça completamente.

“Ora devido à estagnação do consumo, ora pelos efeitos ainda indefinidos dos aumentos tarifários implementados pelo governo Trump sobre produtos brasileiros”, analisam.

“No entanto, permanece incerta a magnitude dos efeitos de um possível aumento tarifário para patamares de até 50% sobre o suco de laranja, especialmente diante da perspectiva de maior produção nacional nas próximas temporadas”, destacam.

Assim, ainda conforme o Centro de Pesquisas, o acúmulo de divisas oriundas das exportações na temporada 2024/25 foi extremamente favorável, permitindo ao setor uma capitalização importante frente aos desafios futuros.

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O que é o greening

“A doença é transmitida por um inseto vetor, pelo psilídeo, e é justamente nessa região de Limeira, Avaré e Bebedouro, esse ‘miolo’ do estado de São Paulo, onde são capturadas as maiores populações de inseto. Consequentemente a gente tem as maiores taxas de transmissão”, explica Guilherme Rodriguez, supervisor de projetos do Fundecitrus, em entrevista à EPTV em setembro de 2024.

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