Marco Rubio: quem é o secretário de Trump que negociará tarifaço com o Brasil
O que mais preocupou o núcleo mais próximo da família Bolsonaro não foi a conversa telefônica em si, mas a reação pública do presidente Donald Trump, extremamente elogiosa. Trump escreveu que a ligação foi muito boa e que gostou da conversa.
A percepção entre interlocutores da família Bolsonaro é que Trump decidiu adotar o pragmatismo, inclusive porque, neste momento, terá que enfrentar pressão inflacionária em produtos importados do Brasil, como café e carne.
Com isso, aumenta a preocupação, que já tinha sido iniciada depois do rápido encontro entre Lula e Trump na ONU, de que de fato foi aberto um canal direto de diálogo entre os dois presidentes, o que enfraquece de forma significativa a estratégia de usar a Casa Branca para pressionar o Brasil com sanções diante da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Na conversa, o nome de Bolsonaro sequer foi citado pelos presidentes.
Até então, Eduardo Bolsonaro se utilizava dessa falta de interlocução do governo brasileiro com a Casa Branca para tentar emparedar as instituições brasileiras. Nesses últimos meses, conseguiu o tarifaço, cancelamento de vistos de muitas autoridades, inclusive de ministros do STF, e até mesmo a aplicação da Lei Magnitisky para o ministro Moraes e sua esposa.
Além disso, várias notas de entidades e até mesmo da embaixada norte-americana foram divulgadas em tom de ameaça ao Brasil. Mas desde o encontro de Lula com Trump nas Nações Unidas, todas as hostilidades cessaram, e nenhuma nova ação hostil foi feita pelo governo norte-americano em relação ao Brasil.
Infográfico – A química entre Lula e Trump.
Arte/g1
Nota elogiosa de Trump acende sinal amarelo no núcleo da família Bolsonaro
