No Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), a ordem é de cautela, neste primeiro momento, em relação às ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de taxar em 10% quem se alinhar às políticas do Brics.
A percepção dentro do governo é que a ação não foi direcionada somente ao Brasil, mas sim aos países do bloco. “Então, cabe trocar uma ideia e deixar decantar um pouco esse movimento”, disse uma fonte da diplomacia brasileira.
Declaração do Brics cita ‘preocupação’ com ‘medidas tarifárias’
Trump, afirmou neste domingo (6) que vai impor uma taxa adicional de 10% a “qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do Brics”. A medida foi anunciada em sua rede social Truth Social.
Ainda não há informações sobre quais países serão taxados. Trump também não esclareceu nem detalhou a referência às “políticas antiamericanas” em sua postagem. “Não haverá exceções a essa política”, completou.
Lula fala durante encontro do Brics no Rio
REUTERS/Ricardo Moraes
Mais cedo, neste domingo, o bloco econômico divulgou a “Declaração do Rio de Janeiro”. Parte do documento inclui a defesa do multilateralismo, sem citar os EUA. O texto defende:
Fortalecimento de instituições multilaterais, como a ONU, e o respeito ao direito internacional.
Rejeição a ações unilaterais, como as que enfraquecem o sistema global. O tarifaço de Trump não foi especificamente citado.
No Itamaraty, orientação é ter ‘cautela’ com ameaça de Trump de taxar quem se alinhar às políticas do Brics
