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Metanol: Ministério da Justiça aponta 30 estabelecimentos suspeitos de adulterar bebidas

por Redação


Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, durante coletiva de imprensa no Ministério da Justiça.
Reprodução/ CanalGov
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (7) que foi criado um comitê informal de enfrentamento da crise do metanol.
Ainda segundo o Ministério da Justiça, pelo menos 30 estabelecimentos são suspeitos de adulterar bebidas com metanol (leia mais abaixo).
“Chegamos à conclusão de que é Importante montar um comitê de enfrentamento da crise do metanol, informal, onde possa haver troca de informações, de boas práticas e anúncios das providências para avançarmos mais rapidamente na solução do problema”, explicou.
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Nesse sentido, os setores público e privado vão trabalhar juntos e trocar informações sobre os casos envolvendo intoxicação por metanol. O país vive uma crise envolvendo o metanol, com casos de intoxicação e óbitos confirmados em vários estados brasileiros.
Segundo Lewandowski, o objetivo do governo não é paralisar “um setor importante da economia nacional”, mas fazer a distinção necessária para “atacar aqueles comerciantes que estão adulterando de forma intencional” as bebidas.
A fala do ministro ocorreu após reunião com indústrias de bebidas alcoólicas e associações de combate à falsificação.
🔍 O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos. Ele é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.
15 novas notificações
O presidente da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), Paulo Pereira, informou que havia 15 estabelecimentos identificados e notificados, mas que, nas últimas horas, outros 15 estabelecimentos foram identificados e serão notificados ainda nesta terça.
Paulo mencionou ainda que outras 25 distribuidoras, associações e entidades do setor que foram acionadas para prestar informações.
Entre os estados onde ocorreram as notificações estão: São Paulo, Pernambuco, Distrito Federal, Santa Catarina, e Paraná.
“Os estabelecimentos notificados são suspeitos de ter vendido a bebida adulterada. Agora vai se analisar se foram os responsáveis pela adulteração”, afirmou.
Nacionalmente, o Ministério da Justiça acompanha a situação e já colocou à disposição dos estados e do Distrito Federal a estrutura pericial da Polícia Federal (PF) para identificar o “DNA do metanol”.
A secretária de Políticas sobre Drogas, Marta Machado, destacou que há duas possíveis origens que estão sendo analisadas pelo MJ:
metanol que se origina da própria produção da bebida;
uso do metanol fóssil, usado em combustíveis e solventes.
“Vamos receber amostras tanto das apreensões pela Polícia Federal, assim como casos de confirmação”, explicou a secretária.
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Casos em investigação
O Ministério da Saúde confirmou 225 notificações de intoxicação dessa natureza até 5 de outubro de 2025, sendo 16 casos confirmados e 209 em investigação..
Ao todo, 15 mortes foram registradas, duas confirmadas e treze ainda em apuração. Cerca de 85% das ocorrências se concentram em São Paulo, segundo o boletim divulgado pela pasta.
Em São Paulo, o governo estadual confirmou 14 casos e duas mortes, além de sete óbitos sob investigação.
A Polícia Civil intensificou as operações em adegas e distribuidoras da capital e do interior, com prisões de suspeitos e apreensão de milhares de garrafas de bebidas adulteradas.
As ações contam com apoio da Vigilância Sanitária e do Instituto de Criminalística, que analisa amostras recolhidas em vários municípios.
A Polícia de São Paulo trabalha com duas linhas principais de investigação sobre as bebidas “batizadas” com metanol, que causaram diversas internações e mortes no estado.
Uma delas é que o metanol teria sido usado para a higienização de garrafas reaproveitadas que acabaram não indo para a reciclagem, segundo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Outra hipótese é o uso do metanol para aumentar na produção o volume de bebidas falsificadas. Uma possibilidade é que a intenção do falsificador fosse adicionar etanol puro, sem saber que o produto estava contaminando com metanol.
– Esta reportagem está em atualização

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