Presidente Lula discute com ministros do Supremo as sanções financeiras a Alexandre de Moraes
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar no Palácio da Alvorada na noite desta quarta-feira (31), em um gesto de apoio à Corte e ao ministro Alexandre de Moraes.
O encontro ocorre um dia após o governo dos Estados Unidos anunciar sanções contra Moraes, com base na Lei Global Magnitsky, a pedido do ex-presidente Donald Trump.
Além do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, estiveram presentes outros ministros do STF e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para um jantar no Palácio da Alvorada, em Brasília, na noite desta quarta-feira (31).
Wilton Junior/Estadão Conteúdo
O objetivo do jantar foi reforçar a solidariedade institucional ao Supremo e reiterar a defesa da independência do Judiciário brasileiro diante da ofensiva estrangeira.
As sanções impostas a Moraes, que preveem congelamento de bens e proibição de entrada nos EUA, foram consideradas por autoridades brasileiras como uma ingerência inaceitável em assuntos internos do país.
Segundo participantes, o tom geral da conversa no jantar foi de solidariedade a Moraes e defesa da soberania nacional.
Abertura do semestre do Judiciário
O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma os trabalhos nesta sexta-feira (1º) com uma cerimônia que marca a abertura do semestre Judiciário, após o recesso de julho. A sessão deve ser marcada por manifestações de apoio ao ministro Alexandre de Moraes.
Além de Lula, outras autoridades, como o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manifestaram solidariedade a Moraes.
A reabertura do semestre também marca a retomada dos julgamentos no plenário da Corte. Entre os temas previstos para agosto estão a validade da coleta de DNA de condenados, a análise da Lei de Abuso de Autoridade, e a repatriação de crianças levadas irregularmente ao Brasil, além de ações sobre transporte de animais em aviões, tributos na conta de luz e regras de acesso a cursos militares.
Outro destaque do semestre será a sucessão na presidência do STF. Barroso encerra seu mandato em setembro, e a tradição da Corte indica a eleição do ministro Edson Fachin para a presidência, com Alexandre de Moraes assumindo a vice.
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