O governo trabalhava com o cenário de o encontro entre os dois acontecerem até o fim de novembro, mas vê chance de antecipar a reunião para a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Kuala Lumpur, capital da Malásia.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil afirma que o encontro ainda não está confirmado, mas o Itamaraty afirmou que há espaço na agenda caso os governos acertem o encontro durante uma entrevista sobre a viagem de Lula.
Questionado sobre encontro de Lula com Donald Trump, o embaixador Everton Frask Lucero, diretor do departamento da Índia, Sul e Sudeste da Ásia, afirmou que há espaço na agenda de Lula no domingo (26) pela manhã caso o encontro seja marcado.
Crise na Venezuela
Durante o discurso, o petista não citou a tensão entre Venezuela e Estados Unidos, mas ponderou que a região vive um momento de crescente “polarização e instabilidade”.
Para o governo de Nicolás Maduro, trata-se de uma agressão que busca promover uma mudança de regime para se apoderar do petróleo venezuelano.
Nas últimas semanas, os militares norte-americanos executaram ataques na região contra embarcações supostamente dedicadas ao narcotráfico. Os ataques mataram pelo menos 27 pessoas.
Lula e Trump — Foto: Adriano Machado/Reuters; Evelyn Hockstein/Reuters
O Planalto e o Itamaraty trabalham com a possibilidade de que o encontro bilateral aconteça durante esta viagem, mas ainda há incertezas sobre a compatibilidade das agendas dos dois mandatários.
Segundo auxiliares do governo, há um esforço em andamento para construir a reunião Lula-Trump ainda este ano.
Diplomatas acreditam que, uma vez realizado o diálogo presencial em mais alto nível entre os dois presidentes, a conversa dará um norte para as negociações.
O Palácio do Planalto recebeu indicativos da Casa Branca de que os americanos também enxergam como ideal organizar a reunião com rapidez.