Índice
Segundo executivos, a marca — que já acumula 30 milhões de usuários ativos por mês (saiba mais abaixo) — continua a acompanhar as mudanças no comportamento do público e deve focar em ampliar o alcance do streaming, diversificar o público e investir em produções regionais nos próximos anos.
“A gente costuma dizer que o Globoplay é o nosso caçula dentro do Grupo Globo. Completamos 10 anos no ano em que a plataforma conquistou o primeiro Oscar do Brasil, com um original co-produzido pelo Globoplay“, disse Manuel Belmar, diretor de Produtos Digitais e Financeiros da Globo.
“É um marco muito especial, em um momento em que grande parte das nossas métricas de sucesso continua avançando”, completou.
Veja os vídeos em alta no g1:

Veja os vídeos que estão em alta no g1
Segundo Julia Rueff, diretora-executiva do Globoplay, a plataforma chega ao décimo ano de operação consolidada como um dos principais serviços de streaming do país. A marca já acumula 30 milhões de usuários ativos por mês e testá entre os líderes em engajamento, segundo dados da Kantar Media.
“Temos uma proposta de valor única: o melhor do ‘ao vivo’ com o melhor do ‘on demand’ [sob demanda, na tradução para o português]”, afirmou, referindo-se a conteúdos que o usuário pode assistir quando quiser, em vez de depender de uma grade fixa de programação, como acontece na TV tradicional.
A executiva destacou que o serviço cresceu 42% em base de assinantes em 2024 e mantém um ritmo de expansão de 30% neste ano, com mais de 4 bilhões de horas de conteúdo consumidas.
A força da transmissão ao vivo também segue como um diferencial da plataforma: 67% das horas assistidas são de conteúdos ao vivo, incluindo esportes, música e entretenimento.
Manuel Belmar reforçou o papel do Globoplay no desenvolvimento do audiovisual nacional. “Desde o início, o Globoplay nasceu com esse DNA de conexão entre marcas e conteúdos. Quando o mercado entendeu o potencial de combinar o gratuito com o modelo por assinatura, nós já estávamos lá”, disse.
O executivo também ressaltou a importância de acompanhar as mudanças no comportamento do público, ao passo em que mira a competição no mercado global de streaming.
“O desafio é entender para onde o público está indo, oferecendo soluções e inovando permanentemente”, afirmou. “No Brasil, o Globoplay tem uma posição quase incomparável, somos um gigante pronto para competir. Sempre competimos desde sempre com os grandes players de escala.”
Estratégia de conteúdo
Globoplay logo — Foto: TV Globo
Responsável pela curadoria de conteúdo da plataforma, Tatiana Costa afirmou que o foco é ampliar o alcance do streaming, diversificar o público e investir em produções regionais.
“Queremos falar com o público jovem, expandir para além do eixo Rio-São Paulo e atrair mais homens para a plataforma. Hoje, 65% do nosso público é composto por mulheres acima de 35 anos”, explicou.
Para 2026, o Globoplay planeja um crescimento de 68% nas produções originais, incluindo séries, novelas e documentários. Entre os destaques anunciados estão:
- “Paranoia”, nova série em desenvolvimento com o criador de Euphoria, Ron Leshem, voltada ao público jovem;
- “Globorama”, novela original de 40 episódios escrita por Walcyr Carrasco, em parceria com a TV Globo;
- Adaptação de “Uma Mulher no Escuro”, segundo livro de Raphael Montes, após o sucesso de “Dias Perfeitos”;
- O lançamento do centésimo documentário original da plataforma, consolidando o Globoplay como “a casa dos documentários”.
“Dias Perfeitos”, série Original Globoplay — Foto: Divulgação
Dirigido por Walter Salles, o longa-metragem disputava o troféu com “A garota da agulha” (Dinamarca), “Emilia Pérez” (França), “A semente do fruto sagrado” (Alemanha) e “Flow” (Letônia).
“Foi um ano espetacular para o Globoplay, o ano de 2025. ‘Ainda Estou Aqui’ levou 4 milhões de pessoas aos cinemas — a maior bilheteria do cinema nacional — e também é o filme mais consumido no Globoplay. A gente tem um orgulho muito grande de colocar a nossa assinatura nele.”
Fernanda Torres em ‘Ainda estou aqui’ (2024) — Foto: Divulgação
Crescimento em publicidade
Julia Rueff também comemorou o desempenho comercial da plataforma, que teve alta de 86% em receita publicitária em 2024.
“Se somos relevantes para o consumidor, também somos relevantes para a publicidade. Temos uma combinação de receptividade, impulsionamento e lembrança de marca, com crescimento de dois dígitos ano após ano”, afirmou.
Segundo os executivos da plataforma, o Globoplay caminha para atingir equilíbrio financeiro. “Em abril, devemos fechar pela primeira vez no azul, com projeção positiva para o ano que vem”, disse. O Globoplay ocupa hoje o segundo lugar de audiência no Brasil, segundo a Kantar Media.
Para 2026, a plataforma promete seguir apostando em formatos inovadores, como os microdramas, e em parcerias com produtoras nacionais e internacionais, reforçando o papel estratégico da integração entre as diferentes janelas da Globo.
“Temos a força da TV aberta, da TV por assinatura e do streaming. Essa combinação é muito poderosa”, afirmou Manuel Belmar.
Manuel Belmar, Julia Rueff e Tatiana Costa participam de evento sobre os 10 anos do Globoplay, em SP — Foto: g1