12 julho , 2025
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Galípolo diz que estouro da meta de inflação foi causado por dólar alto, custo de energia elétrica e economia aquecida

por Redação
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Carta do Banco Central destaca que gasolina, café, vestuário, automóveis e serviços subiram mais do que o previsto, pressionando a inflação acima da meta. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, atribuiu o estouro da meta de inflação em 2025 à atividade econômica aquecida, ao câmbio, ao custo da energia elétrica, além de anomalias climáticas.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve alta de 5,35% no acumulado dos últimos 12 meses –de julho de 2024 a junho de 2025.
O resultado ficou acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta para o ano era de 3% e seria considerada formalmente cumprida se ficasse em um intervalo entre 1,5% e 4,5%.
Inflação sobe 0,24% em junho e estoura teto da meta
Pela nova regra da meta contínua — em vigor desde janeiro — há descumprimento quando a inflação oficial permanece fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos. Foi exatamente o que ocorreu. Desde janeiro, a inflação tem ficado acima da meta. Portanto, com a divulgação do resultado de junho, o índice completa seis meses fora do limite estabelecido.
Por isso, o Banco Central publicou nesta quinta-feira (10) uma carta aberta encaminhada ao ministro da Fazenda e presidente do CMN, Fernando Haddad, na qual explica os fatores que levaram a inflação a terminar fora do limite máximo.
“A atividade econômica surpreendeu positivamente, com crescimento do PIB acima do esperado e mercado de trabalho bastante aquecido, refletindo aumento do consumo das famílias e do investimento. As expectativas de inflação se desancoraram, especialmente, ao longo do segundo semestre de 2024. A taxa de câmbio apresentou valorização do dólar frente ao real, com impacto direto nos preços de bens importados e nas expectativas de inflação”, diz a carta.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Raphael Ribeiro/BC
O documento cita ainda “os efeitos de anomalias climáticas” e “a piora do cenário hídrico resultou em mudanças da bandeira tarifária de energia que pressionaram a inflação”.
“Houve altas mais intensas que as antecipadas no preço da gasolina, na inflação subjacente dos preços de serviços, nos preços de alimentos industrializados (em particular, do café) e nos preços de alguns bens industriais, como os do vestuário e de automóveis”, diz a carta.

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