12 julho , 2025
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Empresária morta em cirurgia: entenda riscos e limites para fazer plásticas combinadas

por Redação
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Empresária morreu em decorrência de embolia pulmonar após passar por três procedimentos cirúrgicos ao mesmo tempo. Prática deve ser avaliada com cautela pelo médico. Saiba o que pode acontecer de errado numa cirurgia de lipoaspiração
A empresária Natália Cavanellas Thomazella, de 40 anos, morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória na última segunda-feira (7) durante uma cirurgia que incluía três procedimentos no Hospital San Gennaro, na Mooca, Zona Leste de São Paulo.
Segundo a irmã de Natália, a empresária foi internada para se submeter a cirurgias de lipoaspiração, injeções nos glúteos e ajustes nas próteses mamárias previamente implantadas.
Em nota, a defesa do cirurgião plástico Edgar Lopez, responsável pelos procedimentos, disse que “a paciente evoluiu com uma complicação grave, compatível com embolia pulmonar, evento raro”, e que o profissional presta assistência à família. Veja a nota completa mais abaixo.
Quem era a empresária de 40 anos que morreu durante cirurgia plástica em hospital na Zona Leste de SP
Embolia pulmonar: O que é condição que causou morte de empresária, segundo médico
Os riscos da ‘cirurgia combinada’
Natália Cavanellas
Reprodução/Instagram
A “cirurgia combinada” é uma prática que acontece, mas deve ser avaliada com cautela pelo médico, já que realizar diversos procedimentos ao mesmo tempo pode sobrecarregar o corpo, aumentando o risco de complicações graves, como a embolia pulmonar e infecções.
Em entrevista ao g1 realizada em outubro de 2024, o cirurgião plástico Jairo Casali, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da “International Society of Aesthetic Plastic Surgery” (ISAPS), afirma que é frequente que pacientes queiram aproveitar o momento da cirurgia para resolver outras queixas estéticas com o corpo.
“É preciso que a pessoa entenda que a recuperação será mais prolongada e que haverá mais riscos. Não há cirurgia plástica completamente isenta de riscos, mas alguns critérios devem ser ponderados, sobre a real necessidade de se fazer tudo em um tempo só”, pontua Casali.
Daniel Regazzini, cirurgião plástico e diretor do Departamento de Comunicações da SBCP, explica que o sucesso de uma cirurgia com múltiplos procedimentos depende de diversos fatores.
“Depende da extensão e complexidade dos procedimentos, a saúde geral do paciente, a experiência do cirurgião e avaliação dos riscos individuais”, diz.
Sobre um “limite” de procedimentos, o cirurgião explica que a recomendação é que a cirurgia dure no máximo 6 horas e que ela abranja até 30% da superfície corporal. Acima desses limites, os riscos aumentam exponencialmente.
“A combinação de procedimentos que envolvem grandes áreas do corpo ou que exigem longos períodos de anestesia geral tendem a aumentar o risco de complicações. As combinações mais comuns e seguras variam de acordo com cada caso individual e devem ser avaliadas pelo cirurgião”, pontua Regazzini.
Cuidados com a cirurgia antes e depois
O primeiro passo para quem decide pela cirurgia plástica (reconstrutiva ou estética) é escolher um bom profissional. A primeira dica é checar se ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Procure referências, converse com outras pessoas que já fizeram a cirurgia com o profissional, veja se elas gostaram. E não confie em fotos de redes sociais de “antes x depois”.
Veja outras orientações:
Realizar exames pré-operatórios completos
Seguir as orientações médicas antes e após a cirurgia
Alinhar as expectativas com o médico sobre os resultados
A SBCP alerta que é fundamental seguir as medidas pós-operatórias o sucesso da sua cirurgia.
O que diz a defesa do cirurgião plástico?
“A equipe médica vem, por meio desta, prestar esclarecimentos sobre os fatos veiculados na imprensa.
A paciente em questão foi submetida a procedimento cirúrgico eletivo, realizado em ambiente hospitalar adequado, com todos os exames pré-operatórios em conformidade, e seguindo rigorosamente os protocolos de segurança e acompanhamento médico.
O cirurgião responsável possui formação especializada e mais de 20 anos de experiência, atuando sempre com ética, responsabilidade e dedicação.
Infelizmente, a paciente evoluiu com uma complicação grave, compatível com embolia pulmonar, evento raro, mas reconhecido na literatura médica como possível, mesmo com todas as medidas preventivas adotadas.
O caso encontra-se sob análise oficial das autoridades competentes, inclusive com investigação em curso pelo Instituto Médico-Legal (IML), que determinará a causa definitiva do óbito.
O profissional responsável vem prestando toda a assistência à família, mantendo-se à disposição para esclarecimentos técnicos, sempre em respeito à paciente, à família e ao sigilo médico.
Reiteramos nosso compromisso com a ética, a transparência e a medicina baseada em evidências.
Equipe Médica Edgar Lopez”.

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