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O dia começa com uma agenda cheia no Brasil e nos Estados Unidos, envolvendo dados econômicos, discussões sobre reforma tributária e falas de autoridades monetárias. No campo internacional, um encontro diplomático entre Trump e Milei está no radar dos investidores.
▶️ No Brasil, o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto, que avançou 0,1% em relação a julho e 3,1% nos últimos 12 meses. Já o Ministério da Fazenda apresenta o Prisma Fiscal, com projeções para as contas públicas.
▶️ Ainda pela manhã, o ministro Fernando Haddad participa de audiência pública no Senado para detalhar a proposta de reforma da tributação sobre a renda. A sessão também contará com representantes da Receita Federal.
▶️ Nos EUA, o mercado acompanha falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), com destaque para o discurso do Jerome Powell, às 13h20. Christopher Waller e Susan Collins também se pronunciam no fim da tarde.
▶️ No campo diplomático, o presidente argentino Javier Milei se reúne com Donald Trump em Washington. O encontro deve tratar de cooperação econômica, comércio bilateral e um possível acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
- Acumulado da semana: -0,75%;
- Acumulado do mês: +2,62%;
- Acumulado do ano: -11,62%.
📈Ibovespa
- Acumulado da semana: +0,78%;
- Acumulado do mês: -3,05%;
- Acumulado do ano: +17,87%.
Pesquisa Mensal de Serviços
O setor de serviços brasileiro registrou leve crescimento em agosto, com avanço de 0,1% em relação a julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE.
Com esse desempenho, o setor alcança um nível 18,7% acima do registrado antes da pandemia, em fevereiro de 2020, renovando o recorde da série histórica.
- Na comparação anual, o volume de serviços cresceu 2,5% frente a agosto de 2024, marcando a 17ª taxa positiva seguida.
- No acumulado do ano, o avanço foi de 2,6%, enquanto nos últimos 12 meses houve crescimento de 3,1%, ligeiramente acima do ritmo observado até julho (3%).
O resultado mensal foi puxado por quatro das cinco atividades pesquisadas:
- Serviços profissionais, administrativos e complementares (+0,4%);
- Transportes (+0,2%);
- Serviços prestados às famílias (+1%);
- Outros serviços (+0,6%).
A única queda veio do segmento de informação e comunicação, que recuou 0,5% no período.
EUA em paralisação pelo 14º dia
A paralisação parcial do governo dos EUA chegou ao 14º dia nesta terça-feira (14), com o impasse no Congresso ainda sem solução.
A principal divergência entre os parlamentares gira em torno do financiamento da saúde, especialmente os subsídios da Lei de Cuidados Acessíveis (ACA), que expiram no fim do ano para quem compra plano de saúde individual.
Os democratas defendem a renovação dos benefícios antes do início do período de inscrições, marcado para 1º de novembro.
Do lado republicano, o presidente da Câmara, Mike Johnson, criticou os democratas e alertou para o risco de uma das paralisações mais longas da história americana. Segundo ele, a única saída seria a aprovação de um orçamento “limpo”, sem exigências adicionais, para reabrir o governo e garantir o pagamento aos servidores públicos.
Enquanto isso, o Senado deve se reunir às 15h (horário de Washington), com uma nova tentativa de votação prevista para as 17h30. Essa será a oitava tentativa de aprovar um projeto de financiamento, mas não há expectativa de que a proposta alcance os 60 votos necessários.
Mesmo com a Câmara fora de sessão nesta semana, o líder democrata Hakeem Jeffries convocou os parlamentares para uma reunião noturna, com o objetivo de discutir alternativas diante da crise provocada pela paralisação e pelo impasse na área da saúde.
Bolsas globais
Em Wall Street, os mercados americanos voltaram a sentir os efeitos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, após um breve alívio no dia anterior. Apesar disso, especialistas apontam que o histórico de negociações entre Trump e Xi costuma alternar momentos de escalada com tréguas estratégicas.
Por volta das 11h (horário de Brasília), os índices operavam em queda: o Dow Jones recuava 0,83%, o S&P 500 perdia 0,95% e o Nasdaq apresentava a maior baixa do dia, com queda de 1,43%.
Os mercados europeus operam em baixa, revertendo o otimismo do início da semana. No setor corporativo, as ações da Michelin caíram quase 10% após a empresa revisar para baixo suas projeções, citando um ambiente de negócios mais difícil.
Entre os principais índices, o STOXX 600 recua 0,95%. O DAX, da Alemanha, cai 1,37%, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, tem baixa de 0,48%. Na França, o CAC 40 perde 1,17%, e o FTSE MIB, da Itália, também recua 0,95%.
Na Ásia, o, refletindo o receio dos investidores diante do aumento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos. Além disso, a realização de lucros também contribuiu para o movimento.
No fechamento, o índice de Xangai caiu 0,62%, enquanto o CSI300 recuou 1,20%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,73%. O Nikkei, em Tóquio, teve queda de 2,58%.
Já o KOSPI, em Seul, caiu 0,63%, o TAIEX, em Taiwan, recuou 0,48%, e o Straits Times, em Cingapura, perdeu 0,69%.
A exceção foi Sydney, onde o S&P/ASX 200 subiu 0,19%.
*Com informações da agência de notícias Reuters.