12 julho , 2025
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Dólar e Ibovespa operam em queda, de olho em novas medidas de Trump sobre o tarifaço

por Redação
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O dólar opera em queda de 0,47% nesta terça-feira (8), cotado a R$ 5,4519 perto das 10h10. O Ibovespa, principal índice de ações da B3, registrava um recuo de 0,15% no mesmo horário, aos 139.284 pontos.

▶️ Apesar disso, o adiamento não gerou alívio no mercado. As tensões aumentaram à medida que Trump mandou cartas para notificar os líderes de 14 nações sobre a cobrança de tarifas de 25% a 40% a partir do próximo mês, e disse que os EUA ainda enviarão notificações a mais países nesta semana.

A possível volta das tarifas preocupa o mercado devido à avaliação de que elas podem elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, o que tende a aumentar a inflação e forçar o Fed (o banco central dos EUA) a manter os juros do país altos por mais tempo.

Segundo analistas, o vaivém dos mercados deve se intensificar nos próximos dias, com o aumento da incerteza com a política tarifária de Trump e pela falta de indicadores econômicos relevantes.

Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado.

💲Dólar

  • Acumulado da semana: +0,99%;
  • Acumulado do mês: +0,81%;
  • Acumulado do ano: -11,36%.

📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: -1,26%;
  • Acumulado do mês: +0,46%;
  • Acumulado do ano: +15,97%.

O novo capítulo das tarifas de Trump

As cartas enviadas aos países seguem um padrão semelhante: Trump afirma que o gesto representa uma demonstração da “força e do compromisso” dos EUA com seus parceiros e destaca o interesse em manter as negociações, apesar do déficit comercial significativo.

Trump não esclareceu o que considera “políticas antiamericanas” em sua publicação. Autoridades do governo americano dizem que não há um decreto sendo escrito e tudo depende dos próximos passos do bloco.

O documento também reforça o papel de instituições como a ONU e pede respeito ao direito internacional, posições que contrastam com a política comercial mais agressiva adotada por Washington.

A ameaça gerou reações imediatas. A China criticou o uso de tarifas como instrumento de coerção, enquanto a Rússia destacou que o Brics “nunca atuou contra terceiros”. A África do Sul, por sua vez, afirmou que o bloco busca apenas reformar a ordem multilateral global, sem intenções de confronto.

A sinalização de Trump aumenta o risco de retaliações cruzadas e gera preocupações nos mercados sobre um possível novo ciclo de tensões comerciais globais, com impactos potenciais sobre a inflação e o crescimento econômico.

Tarifaço: muda a contagem regressiva para o fim da trégua

A suspensão de 90 dias das tarifas impostas pelo republicano estava prestes a expirar, na quarta-feira (9), e o baixo número de acordos firmados até o momento continua gerando preocupação.

Apesar da promessa de firmar acordos, Washington fechou apenas pactos limitados com o Reino Unido e o Vietnã.

A maioria dos países ainda tenta evitar as novas tarifas, que podem variar entre 10% e 50%. A União Europeia negocia para evitar sobretaxas em setores como agricultura, tecnologia e aviação, mas ainda enfrenta impasses com os EUA.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Trump tiveram uma “boa conversa”, disse um porta-voz da instituição nesta segunda.

Japão, Índia, Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia e Suíça também correm para apresentar concessões de última hora. As propostas incluem desde maior abertura comercial e compras bilionárias de produtos americanos até investimentos estratégicos em setores como energia e tecnologia.

  • 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Esse cenário pode levar à desaceleração da economia dos EUA e até a uma recessão global.

A situação influencia diretamente a política de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Na semana passada, o presidente Jerome Powell voltou a afirmar que a instituição pretende “esperar e obter mais informações” sobre os impactos das tarifas na inflação antes de reduzir as taxas de juros.

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