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Dólar abre em alta com atenção voltada à inflação dos EUA e julgamento de Bolsonaro

por Redação
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As atenções dos investidores estarão divididas na sessão de hoje. Do ponto de vista econômico, novos dados sobre a inflação nos Estados Unidos serão divulgados e devem influenciar as expectativas em relação a possíveis cortes na taxa de juros.

No campo político, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro — e a possibilidade de sua condenação e possíveis retaliações do governo americano — continuam no radar dos investidores.

▶️ Nos EUA, será divulgado o índice de preços ao consumidor de agosto. Esse número ajuda a indicar se o banco central americano (Federal Reserve) pode reduzir ou manter os juros. Também será publicada a quantidade de novos pedidos de seguro-desemprego, usada para acompanhar como anda o emprego no país.

  • Dois ministros já se posicionaram pela condenação de todos os acusados: Alexandre de Moraes, relator do processo, e Flávio Dino. Por outro lado, o ministro Luiz Fux apresentou uma opinião diferente, sugerindo a absolvição parcial ou total — no caso de Bolsonaro, por exemplo, ele avaliou que não há provas suficientes para condená-lo.

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

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💲Dólar

  • Acumulado da semana: -0,11%;
  • Acumulado do mês: -0,28%;
  • Acumulado do ano: -12,51%.

📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: -0,18%;
  • Acumulado do mês: +0,68%;
  • Acumulado do ano: +18,38%.

Julgamento de Bolsonaro

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresenta o quarto voto no julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022.

  • A sessão será retomada nesta quinta-feira (11) e está marcada para começar às 14h.

Já há maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Casa Civil Braga Netto pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto da ministra poderá ser decisivo para o placar em relação a outros réus.

Depois do posicionamento de Cármen, será apresentado o último voto, o ministro Cristiano Zanin. A ordem segue a antiguidade no STF. Zanin vota por último por ser o presidente da Primeira Turma.

Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, destaca que o volume de negociações no Brasil está influenciado principalmente pela expectativa em torno da sentença final do julgamento de Jair Bolsonaro.

Ele lembra que, ontem, o ministro Luiz Fux apresentou uma posição diferente dos demais, sugerindo a absolvição parcial ou total. No caso de Bolsonaro, por exemplo, Fux avaliou que não há provas suficientes para justificar uma condenação.

Além disso, o ministro considerou que a Corte não tem competência para julgar o caso. Ainda assim, o mercado acredita que Bolsonaro será condenado.

“A expectativa é que, até amanhã, já haja clareza sobre a sentença, sobre quantos anos de pena eles podem receber e outros detalhes. A dúvida que permanece é: após a decisão, como será — e até que ponto pode piorar — o relacionamento entre os Estados Unidos e o Brasil?”

Bolsas globais

Em Wall Street, os investidores estão cautelosos, à espera da divulgação do dado sobre a inflação ao consumidor. Esse número pode ser decisivo para que o banco central americano reduza os juros na próxima semana.

  • A expectativa vem após uma queda inesperada na inflação ao produtor e sinais de desaceleração no mercado de trabalho — o que aumenta a chance de uma mudança na política monetária e ao início do corte nos juros americanos.

Com os mercados ainda fechados, os índices futuros apontam leve alta: o Dow Jones Futuro sobe 0,16%, o S&P 500 Futuro avança 0,18% e o Nasdaq Futuro registra alta de 0,28%.

Na Europa, os mercados começaram o dia em alta, com os investidores atentos à decisão do banco central europeu sobre os juros. O clima é de expectativa, e os negócios seguem com variações moderadas entre os principais países da região.

Às 8h45 (horário de Brasília), o índice geral da Europa, STOXX 600, subia 0,29%. Em Londres, o FTSE avançava 0,47%; em Paris, o CAC-40 ganhava 0,90%; em Milão, o FTSE/MIB subia 0,43%; em Madri, o Ibex-35 tinha alta de 0,14%; e em Lisboa, o PSI20 valorizava 0,18%. Já em Frankfurt, o DAX recuava 0,16%.

Na Ásia, os mercados fecharam com resultados mistos. Na China, o otimismo com avanços em tecnologia, especialmente inteligência artificial, impulsionou os índices, apesar de preocupações com possíveis restrições dos EUA a medicamentos chineses.

O índice de Xangai subiu 1,65%, enquanto o CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, avançou 2,31%. Em Tóquio, o Nikkei teve alta de 1,22%. Já em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,43%. Outros destaques incluem Seul (+0,9%), Taiwan (+0,09%), Cingapura (+0,22%) e Sydney, que registrou queda de 0,29%.

Cédulas de dólar — Foto: bearfotos/Freepik

*Com informações da agência de notícias Reuters

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