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Desemprego recua para 6,2% no trimestre terminado em maio, diz IBGE; CLT bate novo recorde

por Redação
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O resultado também representa uma queda de 1 ponto percentual (p.p.) em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa era de 7,1%.

Ao todo, 6,8 milhões de pessoas estavam sem emprego no país. Esse número representa uma queda de 8,6% em comparação ao trimestre anterior, quando 7,5 milhões de pessoas estavam desocupadas. Em relação aos mesmos três meses de 2024 (7,8 milhões), a queda foi de 12,3%.

o contingente de pessoas com carteira assinada no setor privado atingiu um novo recorde no trimestre encerrado em maio, com um total de 39,8 milhões de pessoas. O número, segundo o IBGE, representa uma alta de 0,5% em comparação ao trimestre anterior e um avanço de 3,7% em relação ao observado no mesmo período do ano anterior.

Segundo o analista da pesquisa do IBGE, William Kratochwill, os principais motivadores para a redução da taxa de desemprego foram o aumento do contingente de ocupados e as taxas de subutilização mais baixas.

“Assim, semelhante às divulgações anteriores, o mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão-de-obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais”, explica .

A quantidade de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em maio foi de 103,9 milhões de pessoas, um avanço de 1,2% na comparação com os três meses anteriores e alta de 2,5% na relação anual. Já o nível de ocupação, que responde pelo percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, atingiu 58,5% — alta de 0,6 p.p. ante o trimestre anterior.

Ainda segundo o instituto, outro destaque ficou com a queda robusta vista no número de desalentados (2,89 milhões) — aqueles que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego —, que registrou uma queda de 10,6% em relação aos três meses encerrados em abril e recuo de 13,1% na comparação de base anual. Esse é o menor número de desalentados desde 2016.

“Essa queda pode ser explicada pela melhoria consistente das condições do mercado de trabalho. O aumento da ocupação gera mais oportunidades, percebidas pelas pessoas que estavam desmotivadas”, diz Kratochwill em nota oficial.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho — que é a força de trabalho “desperdiçada” do país, ou seja, poderiam estar trabalhando, mas não estão — ficou em 14,9%. Nesse caso, o resultado representa uma queda de 0,8 p.p. na comparação trimestral e de 1,9 p.p. na relação anual.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 6,2%
  • População desocupada: 6,8 milhões de pessoas
  • População ocupada: 103,9 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,7 milhões
  • População desalentada: 2,89 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39,8 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,7 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 26,2 milhões
  • Trabalhadores informais: 39,3 milhões

Taxa de informalidade cai para 37,8%

Ainda segundo o IBGE, a taxa de informalidade — que é a proporção de trabalhadores informais na população ocupada — foi de 37,8%, o que corresponde a 39,3 milhões de trabalhadores informais. O resultado do índice representa uma queda tanto em relação ao trimestre móvel anterior (38,1%) quanto em comparação aos mesmos três meses do ano passado (38,6%).

O instituto indica que a queda na informalidade é consequência da estabilidade no número de trabalhadores sem carteira assinada (13,7 milhões) e da alta no número de trabalhadores por conta própria com CNPJ (+3,7%).

O IBGE ainda mostrou que dentre os dez agrupamentos de atividade investigados pela Pnad, apenas o segmento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais registrou crescimento na ocupação no trimestre encerrado em maio e os três meses anteriores.

“Esse grupamento possui uma característica peculiar neste trimestre, pois é quando ocorre o início do ano letivo. Consequentemente, é preciso uma estrutura de suporte, com a contratação de professores, ajudantes, cuidadores, cozinheiros e recepcionistas”, afirma o analista responsável pela pesquisa.

Massa de rendimento dos trabalhadores bateu recorde

O rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhadores chegou a R$ 3.457 no trimestre encerrado em maio de 2025 — resultado estável em relação aos três meses anteriores e 3,1% maior na comparação anual.

Já a massa de rendimento real habitual, que representa a soma das remunerações de todos os trabalhadores, atingiu R$ 354,6 bilhões, um novo recorde da série histórica do IBGE. Nesse caso, a alta foi de 1,8% no trimestre e de 5,8 ante o mesmo período do ano passado.

Segundo Kratochwill, o maior número de pessoas ocupadas amplia a base de rendimentos:

“Como o rendimento médio real permaneceu estável, consequentemente ocorreu aumento da massa de rendimentos, ou seja, a maior massa de rendimentos resultou quase exclusivamente da expansão do volume de ocupados, e não de aumento do rendimento médio”, afirma.

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*Esta reportagem está em atualização

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