Pressão de 12×8 é reclassificada como pré-hipertensão em nova diretriz
O número de paulistanos com hipertensão cresceu: uma a cada quatro pessoas (26,3%) na cidade de São Paulo com mais de 20 anos têm a doença, segundo levantamento divulgado pela Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.
Em 2003, ano em que foi feita a primeira pesquisa, chamada Inquérito de Saúde no Município de São Paulo (Isa Capital 2024), esse percentual era de 17%.
Segundo o professor da USP Gizelton Pereira Alencar, esse aumento pode também ter relação com mais pessoas terem acesso a diagnóstico.
Não se trata necessariamente de um maior adoecimento, pode ser também a ampliação do acesso ao diagnóstico.
O número de casos relatados de diabetes também subiu: foi de 4%, em 2003, para 11% agora.
O levantamento mostrou ainda que 32% dos moradores da cidade consomem álcool em níveis de risco ou alto risco, considerando entrevistads com 12 anos ou mais.
Por outro lado, a proporção de pessoas com 10 anos ou mais de idade que relatou fumar diminuiu, foi de 18,9% em 2003 para 14,2%.
O estudo ouviu 5 mil pessoas entre agosto de 2023 e dezembro de 2024 e traça um retrato atualizado dos hábitos e condições de saúde da população paulistana. Os primeiros resultados foram divulgados na segunda-feira (20). A divulgação do Isa Capital 2024 acontecerá de forma seriada, com a publicação de boletins temáticos.
Veja outros números do levantamento:
🍺 27,5% dos entrevistados com 12 anos ou mais apresentam consumo de álcool classificado como de risco, enquanto 4,5% têm consumo de alto risco ou provável dependência — o que totaliza 32% da população.
🧐Entre os adultos, a pesquisa mostra que 35,7% estão com sobrepeso e 26,9% têm obesidade. Entre os idosos, o índice é de 11,8% e 28,4%, respectivamente.
35,8% dos paulistanos afirmam terem contraído Covid, e 97,4% disseram ter tomado a vacina contra o coronavírus.
Pressão arterial de 12 por 8 passa a ser considerada pré-hipertensão
Reprodução/TV Globo
Acesso ao SUS
A pesquisa aponta que o Sistema Único de Saúde (SUS) segue sendo o principal responsável pelo atendimento médico na capital. Entre os entrevistados:
85% afirmaram ter realizado pelo menos uma consulta médica nos últimos 12 meses.
Desses, 57,3% foram pelo SUS, 32,8% via convênios e 8% com recursos próprios;
No caso das internações e cirurgias, 56,2% foram custeadas pelo sistema público.
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