15 julho , 2025
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Chevrolet Tracker 2026 tem design mais moderno, mas ainda falta tecnologia; veja o teste

por Redação
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Ponto positivo para as versões topo de linha, que ganharam mais potência. É preciso dizer, porém, que continuam utilizando a mesma correia dentada banhada a óleo do Onix, embora a montadora afirme que agora ela está “mais robusta”.

O g1 foi a Ouro Preto (MG) para avaliar se as mudanças do SUV fazem vista aos compradores. O trajeto foi de aproximadamente 240 quilômetros, e incluiu trânsito intenso, trechos de estrada e vias urbanas com curvas fechadas, a bordo da versão Premier (topo de linha, exceto a esportiva RS),

Veja abaixo as primeiras conclusões.

A mudança na correia dentada

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Em ambas as versões, a correia dentada continua sendo a mesma do modelo anterior, compartilhada com o Chevrolet Onix. A montadora diz que o sistema é moderno e permite “menor consumo de combustível, redução de ruído e maior durabilidade em comparação a sistemas tradicionais”.

Segundo a GM, o fornecedor não foi alterado, mas a composição da borracha foi modificada, tornando o componente mais robusto e durável.

“Diante da crescente presença de lubrificantes adulterados no mercado, desenvolvemos uma nova geração da correia, com formulação ainda mais resistente à contaminação e à degradação química provocada por óleos de baixa qualidade”, diz a marca.

No entanto, a expectativa de durabilidade da correia permanece em 240 mil quilômetros, exigindo os mesmos cuidados:

  • A troca de óleo deve ser feita a cada 10 mil quilômetros, conforme indicado no manual do proprietário.
  • É essencial utilizar o mesmo tipo e modelo de lubrificante homologado pela própria fabricante.

Motor do Chevrolet Tracker RS 2026 — Foto: divulgação/Chevrolet

Tracker anda bem para um SUV compacto

Durante o trajeto pela região metropolitana de Belo Horizonte, foram raras as oportunidades para acelerar. Isso se deve tanto à velocidade limitada nas áreas urbanas quanto ao trânsito intenso típico de uma manhã de segunda-feira.

A saber: a nova Tracker oferece 115 cv nas versões 1.0 turbo e chega até 141 cv nas edições com bloco 1.2 turbo. Enquanto as versões de entrada perderam cerca de 4% de potência, a que foi testada pelo g1 teve um ganho de 6%.

E o motor 1.2 turbo funciona: deixou as ultrapassagens e retomadas mais ágeis. Nas arrancadas, a primeira marcha se alonga um pouco mais para oferecer maior força, um ajuste que dá a sensação de que a Tracker tenta compensar o atraso entre o momento em que se pisa fundo no acelerador e quando a potência é efetivamente entregue às rodas.

O ponto é que o intervalo não é tão longo quanto o observado em motores turbo da Volkswagen, por exemplo, ou de SUVs maiores que deveriam ter motores mais potentes, como o Toyota Corolla Cross.

Na Tracker ele está, de certa forma, um patamar acima do esperado. Foi uma boa junção de motor para um SUV relativamente leve — são 1.265 kg.

Com esse peso e em motor pequeno com turbo, esperava-se um consumo de combustível melhor. Na estrada a GM promete 13,7 km/l com gasolina, mas é na cidade e no etanol que os números não empolgam: 7,6 km/l na versão com motor 1.2 turbo e 8,1 km/l para o 1.0 turbo.

Um comparativo de um concorrente direto é o Hyundai Creta com motor 1.6 turbo de 193 cv, que é 36,8% mais potente, consome 13,5 km/l na mesma gasolina que faz 13,7 km/l no Tracker. Na cidade o rival da coreano marca 11,9 km/l, contra 11 km/l do americano com motor menor e entregando menor cavalaria.

É claro que quem busca uma condução mais esportiva, com arrancadas vigorosas, pode se sentir um pouco menos empolgado. Mas quem prefere uma direção mais econômica e suave encontrará, nessa versão, um motor eficiente.

Chevrolet Tracker 2026

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Chevrolet Tracker 2026 — Foto: divulgação/GM

A Tracker tem volante leve e que permite manobras com uma só mão. Isso mostra que a assistência elétrica cumpriu bem sua função, inclusive ao ajustar o nível de auxílio em velocidades mais elevadas, sem comprometer a estabilidade.

Os ajustes da suspensão também se destacaram. O SUV mostra firmeza quando necessário, como em situações de condução mais intensa, e suavidade ao absorver os impactos das imperfeições do asfalto. O resultado é um conjunto que deve agradar a quase todos os perfis de motorista.

Um ponto negativo chama atenção: a versão testada, Premier Turbo AT, custa R$ 189.590 e se aproxima perigosamente do preço de concorrentes que oferecem mais equipamentos de série:

  • Hyundai Creta Ultimate 1.6 turbo: R$ 189,5 mil;
  • Jeep Compass Sport: R$ 189,9 mil;
  • Toyota Corolla Cross XRE: R$ 191,1 mil;
  • BYD Song Pro: R$ 194,8 mil.

Entre os modelos da lista, o BYD ainda se destaca por ser um híbrido plug-in. Isso significa que ele consumirá menos combustível ao longo de toda a sua vida útil, podendo inclusive rodar apenas no modo elétrico, sem que o motor a combustão precise utilizar uma única gota de gasolina.

Além da presença do modelo híbrido na comparação, o que joga contra a Tracker é sua lista de equipamentos.

É verdade que a central multimídia tem 11 polegadas e que o painel de instrumentos finalmente deixou de lado os ponteiros analógicos, adotando uma tela colorida e personalizável. As atualizações dão um visual mais moderno, especialmente em comparação com modelos chineses concorrentes.

A experiência com a nova central não é a melhor que a GM tem a oferecer, onde o Android vem instalado de fábrica o motorista sequer precisa espelhar o celular para usar apps como Waze e Google Maps, mas nenhum aplicativo trava e um detalhe é importante: ela permite muita personalização no inédito painel de instrumentos.

É possível, por exemplo, acompanhar até o estado da bateria de 12 volts no painel. Nem mesmo o display da Volkswagen, que é um dos melhores do mercado, permite tanta personalização em mostradores.

No entanto, ainda há ausências importantes em itens de conforto:

  • Não existe freio de mão eletrônico;
  • Não existe piloto automático adaptativo;
  • Não existe freio automático com auto hold;
  • Não existe câmera em 360 graus;
  • Não existem ajustes eletrônicos de assentos.

Chevrolet Tracker 2026 por dentro

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Chevrolet Tracker 2026 — Foto: divulgação/GM

Os concorrentes oferecem esses recursos, que podem ser decisivos para quem procura um carro mais tecnológico — especialmente considerando um valor próximo dos R$ 200 mil. Por outro lado, se você é fã de veículos mais “raiz”, pode se sentir satisfeito por ter maior controle direto sobre o carro.

Embora o motor tenha passado por poucas mudanças, o visual externo recebeu toques importantes de modernização. A principal alteração está na dianteira, com luzes de rodagem diurna (DRL) separadas dos faróis, todas em LED.

A solução lembra o que foi feito na Montana, mas com maior espaçamento entre os elementos frontais. Na lateral, as linhas mais suaves deixaram o carro com aparência menos quadrada.

O espaço é honesto para um SUV compacto. Até o porta-malas é generoso, com quase 400 litros de espaço para bastante bagagem ou uma compra mais generosa no mercado. Mesmo com todo esse tamanho, a segunda fileira, onde ficam os passageiros, não aperta perna das pessoas.

Não é um espaço como de um SUV de sete lugares, mas faz bem o trabalho de um que comporta cinco pessoas e algumas malas.

A única parte que parece ter permanecido praticamente igual é a tampa traseira. É compreensível, já que se trata de uma reestilização de meia-vida, que costuma ser mais discreta. Ainda assim, seria interessante ver alguma novidade, como um novo desenho para as lanternas.

Preços e versões do Chevrolet Tracker 2026

Chevrolet Tracker AT Turbo, por R$ 119.900

  • Seis airbags;
  • Chave presencial;
  • Central multimídia de 8″ com espelhamento de Android Auto e Apple Carplay sem fio;
  • Wi-Fi nativo;
  • Farol automático;
  • Piloto automático;
  • Lanternas em lente cristal;
  • Sensor de estacionamento traseiro;
  • Faróis Full LED;
  • Roda aro 17″ com calota.

Chevrolet Tracker LT Turbo AT, por R$ 154.090

  • Central multimídia de 11″ com espelhamento de Android Auto e Apple Carplay sem fio;
  • Painel de instrumentos digital de 8″
  • Câmera de ré de alta resolução;
  • Painel frontal com acabamento macio ao toque;
  • Calotas em dois tons;
  • Rack de teto;
  • Console com apoio de braço;
  • Retrovisores na cor do veículo.

Chevrolet Tracker LTZ Turbo AT, por R$ 169.490

  • Ar condicionado digital;
  • Monitor de pressão dos pneus;
  • Lanternas em LED;
  • Interior em preto premium;
  • Rodas de liga leve com 17″
  • Indicador de distância frontal;
  • Alerta de ponto cego;
  • Alerta de colisão frontal com frenagem de emergência.

Chevrolet Tracker Premier 1.2 Turbo AT, por R$ 189.590

  • Motor 1.2 turbo;
  • Faróis de neblina em LED;
  • Interior premium em preto e bege;
  • Rodas de liga leve com 17″ e acabamento exclusivo;
  • Teto solar panorâmico;
  • Estacionamento automático;
  • Sensores de estacionamento frontal e lateral;
  • Retrovisor interno eletrocrômico;
  • Carregador para celular sem fio;
  • Sensor de chuva;
  • Acabamentos cromados.

Chevrolet Tracker RS 1.2 Turbo AT, por R$ 190.590

  • Interior premium preto e vermelho;
  • Rodas de liga leve com 17″ e acabamento exclusivo;
  • Gravatas pretas;
  • Logo RS;
  • Emblemas em preto;
  • Retrovisor preto;
  • Rack de teto preto;
  • Apliques de para-choque em preto brilhante.

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