→ Acontece no dia 01 de novembro de 2025, o batizado e troca de corda dos alunos do Centro Cultural de Capoeira Tradição Mineira, na Escola Municipal Francisco Sales Barbosa a Rua Princesa Isabel, 246 – Alvorada Betim. Alunos do Contramestre Pequeno que ao longo de sua caminhada têm ensinado a arte da capoeira e seus ensinamentos, segundo “contramestre Pequeno neste momento tão especial, venho expressar minha profunda gratidão a cada um de vocês. A capoeira é mais do que uma arte; é um caminho de aprendizado, respeito e união. Vocês, alunos são faróis que iluminam nossos caminhos”, que a energia da capoeira continue a nos unir e a inspirar a todos nós.
O evento contará com a presença dos moradores, mestres, contramestres, professores dentre outros. Participarão do batizado Mestre Sacy Grupo Grito de Liberdade, Mestre Coruja Grupo Negafiar, Mestre Voador Grito de Liberdade, Mestre Zoir Grupo Arte Brasil, Mestre Golfinho Grupo Internacional Capoeira Angola Mukandá, Contramestre Grande grupo Bantos de Aruanda, Mestrando Boi, Mestre Liu Grupo de Capoeira Arte Viva, Contramestre Renato Grupo Bonanza, Professor Medalha Grupo Forjar Capoeira.
Na capoeira é o corpo que fala o que a alma sente, é roda, é berimbau, é canto e é silêncio. É a ginga que ensina o corpo a fugir e voltar, o olhar que enxerga além do golpe. É o círculo da vida, onde todos somos iguais quem entra para jogar, entra para se conhecer essa é a arte da capoeira
Mestre Líu, (Fabrício Charle), começou na capoeira em 1995 com o então contramestre Adão, no bairro PTB, na Creche Frei Luiz Gonzaga minha formação sua graduação de contramestre foi na Associação de Capoeira Arte Cultura, saiu do Grupo e filiou com o Mestre Marrom de Betim em 2022, onde chegou a graduação de Mestrando hoje está no Grupo de Capoeira Arte Viva onde é Vice Presidente do Grupo de Capoeira Arte Viva e hoje está como Mestre formado no dia 29/06/25 nosso grupo conta com mais de 60 alunos.
Contramestre Grande (Eduardo Figueiredo), Início sua história em 1996, aos 11 anos de idade, no antigo projeto curumim. Foi aluno do Mestre Guerreiro de Betim por 19 anos, onde após esse período juntamente com o conhecido Golfinho Angoleiro ajudou fundar o Bantos de Aruanda onde formou contramestre e o grupo que ainda carrega seu nome. Nessas décadas de Capoeira teve o prazer de viajar e participar de grandes eventos e conhecer pessoalmente inúmeros mestres que fizeram história na capoeira e absorver um pouco da cultura de cada um. Promovemos eventos importantes na cidade de Betim como Vadeia Camará.
Seu estilo é tradicional herdado do antigo mestre Guerreiro que também foi aluno de cobra mansa na década de 80 em Betim.
Carlos Eduardo, contramestre Grande, o seu sistema de graduação é o de cordel passado pelos meus a padrinhos China PQD e Sacy.
Mestre de capoeira Angola Golfinho Angoleiro, zelador e salvaguarda da capoeira em Minas Gerais há 34 anos, que se dedica desde seu início, com a preservação e transmissão dos conhecimentos ancestrais à comunidade, adquiridos ao longo de sua trajetória, influenciando crianças, jovens, adultos de periferias, quilombos, comunidades, vilas e favelas a traçarem a sua própria trajetória, sendo aqueles que darão seguimento ancestral em suas comunidades. Ministra aulas, cursos e palestras de capoeira; zelador do instrumento de corda Berimbau sendo Luthier. Também é violeiro e preserva as tradições da viola caipira, dos toques e cantigas de moda viola caipira, toques de catira e de culturas tradicionais e populares agregando à capoeira, em suas cantigas, tradições culturais mineiras. Um Mestre que dedica a sua vida à cultura da capoeira e defende toda a sua tradição, raiz, filosofia e seus fundamentos.
Mestre Sacy, é um renomado mestre de capoeira com raízes em Belo Horizonte, conhecido por sua dedicação à capoeira regional e sua influência na cultura da capoeira local. Recentemente recebeu o prêmio “Berimbau de Ouro” participara do evento “Memorias e Causos da Capoeira Mineira em 2025”. Evento este que costuma acontecer anualmente em Belo Horizonte entre os meses de novembro e dezembro, reunindo mestres, contramestres e pesquisadores da capoeira de várias regiões de Minas para rodas, palestras e contação de histórias sobre a tradição da capoeira no estado.
A data exata do evento varia a cada edição, pois depende da organização (frequentemente realizada por coletivos culturais e associações de capoeira mineira).
Mestre Sacy é reconhecido por sua longa trajetória e contribuição para a capoeira regional, sendo homenageado por alunos, por pessoas amantes da capoeira e alunos de outros países. Mestre Sacy é um ícone no universo da capoeira.
A trajetória do Mestre Voador na capoeira começou na infância mesmo com as dificuldades enfrentadas não desistiu do seu sonho. Sua mãe sempre esteve ao seu lado incentivando, mas devido as obrigações diárias teve que ausentar e ele não teve o pai presente, foi quando a capoeira entrou na sua vida, trazendo um novo horizonte de possibilidades. Na época mestre Voador tinha 4 anos de idade conheceu o rapaz que apresentou a Arte da capoeira conhecido como Pimentel ensinou para mestre Voador e seus irmãos; Adão (Mestre Sacy, com 10 anos) Laci (Jenmes, com 7 anos), hoje atualmente considerado uns dos Pioneiros da Capoeira da grande BH onde começamos com a capoeira de rua; onde fizeram parte da grande das rodas da Praça Sete a mais falada de todos os tempos na grande Belo Horizonte; onde passou vários Mestres como Grão Mestre Dunga, Mestre Donizete, Mestre Véio, Mestre Negão, Mestre Mão branca, Mestre Reinaldo, Mestre Cobra Mansa, Mestre Tigre, Mestre Coração, Mestre Chuvisco e outros grandes Mestres .
A Capoeira me ajudou muito na formação do meu caráter e me fez ser este homem que sou agradeço primariamente a Deus e depois a Capoeira, Completei 48 anos de capoeira e mesmo em tempos ruins estamos aí na caminhada e não deixando o barco parar.
Mestre Zoir é funcionário público concursado na área da saúde formou com 21 ano como técnico de enfermagem e trabalha a 32 anos CTI. Mestre Zoir começou na capoeira em 1983, com 10 anos, começou a treinar com um vizinho no bairro Água Branca, conheceu o Sombra que era do Chuvisco e todos treinavam capoeira na rua. Na ocasião através do seu vizinho conheceu Mestre Jaimim quando começou a treinar com Reinaldo e com o Sombra no Morro de Santana. Nos finais de semana treinavam com mestre Jaimim na Serra do Capivari. Em 1994, conheceu Mestre Falcão e propôs ao mesmo fazer algo diferenciado em Contagem, sendo o primeiro capoeirista a usar a corda, porque a responsáveis por implantar a corda no Arte Brasil.
A partir daí do Morro de Santana eu fui para o Arte Brasil como professor, logo em seguida criei meu grupo, onde formei para mestrando com o Mestre Borracha. Em 2008, Mestre Tulipa em sua visita em um evento meu, me formou a mestre, mas tenho gratidão aos meus mestres Falcão, Sombra, Reinaldo e Jaimim nos quais fui aluno. Participei de um encontro no Promove no qual estavam alguns mestres renomados como: Mestre Dunga, Mestre Reinaldo, Mestre Mão Branca, Mestre Negão, Mestre João Grande e Mestre João Pequeno.
A capoeira é o meu refúgio, minha voz e minha raiz. É onde encontro sentido, onde corpo e coração se encontram em harmonia. E é nesse chão sagrado que entendo que a capoeira não se aprende apenas ela se vive, se sente e se compartilha. Capoeira é inclusão!
Contramestre Renato iniciou na capoeira em 1985, nas cidades de Belo Horizonte e Contagem e tendo como influências os Mestres: Caveirinha, Chocolate, Tocha, Pelota, Escorpião, Jacaré e Beto Onça. Associações e Grupos que que fizeram parte da caminhada do contramestre Renato: Aruanda, Cais da Baía, Meia Lua AMC, Raiz das Gerais, Gingante, AMEC e ICB. O Instituto Cultural Bonanza foi fundado pelo professor Renato de Paula hoje contramestre, afiliado à AMEC (Associação Mineira de Estudos da Capoeira) pelo Mestre Beto Onça que é o responsável. Com intuito de promover e desenvolver Projetos Educacionais, Culturais e Sociais preservando a Cultura Afro-Brasileira e a Capoeira. A capoeira é inclusão em movimento onde cada corpo tem seu ritmo e cada alma tem seu espaço. Na roda da vida e da capoeira, a inclusão é o toque que todos jogarem no mesmo compasso.
——–
Matéria: Carla Fernanda
Disponível https://tvbetim.com.br
