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Bajaj Dominar 250 é boa, mas por que não vende como a Honda CB Twister?

por Redação
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Com preço competitivo e alguns bons atributos, ainda restam pontos que podem ser aprimorados — como a entrega de potência e torque em rotações muito altas. Em um segmento tão concorrido, é preciso oferecer mais do que o básico para conquistar o público fiel das esportivas de entrada.

Neste teste, o g1 aponta os principais pontos positivos e negativos da moto, além de revelar um segredinho que explica por que ela ainda está distante de ser uma campeã de vendas.

Bajaj Dominar tem 27 cv de potência — Foto: Divulgação | Bajaj

Design

A Dominar 250 traz iluminação totalmente em LED. O design da dianteira, porém, mostra sinais de cansaço, com um farol que poderia ser mais compacto. Já a traseira é inspirada na Ducati 1260 S 2023, com inclinação leve.

O desenho do escapamento é o mais interessante das três e dá um aspecto de moto mais potente. O mesmo acontece com a entrada de ar do motor. No geral, a Dominar 250 passa a sensação de robustez, a despeito da quantidade de plástico utilizado no acabamento.

O painel de instrumentos é completo, mas dividido em duas partes. Mostra rotação do motor, velocidade, nível de combustível, marcha engatada e média de consumo.

Já dados como temperatura do motor, nível de óleo e farol alto ficam em uma segunda tela, posicionada no tanque — de difícil visualização. O piloto precisa abaixar demais a cabeça para conferir as informações, o que compromete a segurança.

Painel reflete toda a luz que incide sobre ele, impossibilitando a visualização de qualquer dado — Foto: g1 | Fábio Tito

O painel da Bajaj é do tipo “blecaute”, com fundo escuro e letras brancas, mas peca no contraste sob luz solar. Com o sol às costas, o painel reflete bastante a luz, tornando impossível visualizar as informações.

Isso pode ser perigoso em alta velocidade, quando o piloto não consegue nem conferir a própria velocidade. O material empregado também transmite sensação de baixa qualidade. É um item que pede atualização urgente.

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Bajaj Dominar 250 — Foto: g1 | Fábio Tito

Anda bem, mas poderia ser melhor

A Dominar 250 se destaca pela boa estabilidade em rodovias, onde é bastante prazerosa de pilotar. No entanto, no uso urbano, perde em agilidade.

Isso acontece porque ela é maior que as concorrentes em todos os aspectos: comprimento, largura e altura. Essa diferença favorece a estabilidade em alta velocidade, mas atrapalha manobras rápidas.

No corredor entre carros, os 6 cm a mais em largura em relação à FZ25 aumentam o risco de esbarrar em retrovisores. Com 180 kg, a naked da Bajaj não permite mudanças rápidas de direção.

Na aceleração, surgem duas surpresas: uma positiva e outra negativa. A positiva é que a Dominar 250 entrega 2,3 cv a mais que a CB300F Twister e 5,7 cv a mais que a Fazer FZ25, alcançando 120 km/h com facilidade na estrada.

Motor tem 2,39 kgfm de torque, mas é preciso elevar a rotação para extrair o máximo da moto — Foto: g1 | Fábio Tito

O lado negativo é que essa potência só aparece a 8.400 rpm. Na Honda, surge a 7.500 rpm, e na Yamaha, a 8.000 rpm. Na Bajaj, é preciso acelerar mais para sentir o desempenho, o que no trânsito urbano pode irritar e passar a impressão de menor potência.

Essa demora para ganhar velocidade ao sair de um semáforo exige aceleração extra e eleva o consumo de combustível. Outro ponto é o tanque: 1,1 litro menor que o das rivais, obrigando a paradas mais frequentes para abastecimento.

O torque também merece ressalva: são 2,39 kgfm, abaixo do valor da Honda, e disponíveis apenas em rotações mais elevadas.

Em compensação, a frenagem é destaque: a Dominar 250 tem discos dianteiro e traseiro mais largos que os das concorrentes e já traz ABS de série — recurso que a Honda só oferece na versão mais cara da CB300F Twister.

Pontos positivos e negativos

  • Potência superior às rivais diretas;
  • Excelente capacidade de frenagem;
  • Preço mais baixo entre as três principais concorrentes.
  • Potência concentrada em rotações muito altas;
  • Painel simples, de baixa qualidade e sem conectividade;
  • Dominar 400 apresenta custo-benefício mais vantajoso. (entenda abaixo)

Vale a pena?

Com preço de R$ 23 mil, a Bajaj Dominar 250 custa R$ 2.637 a menos que a CB300F Twister com ABS e R$ 1.990 abaixo da FZ25. É uma moto completa e segura, com freios ABS de série.

Ainda assim, a Bajaj avança no segmento, mas não com a Dominar 250.

A Dominar 400, também da Bajaj, oferece custo-benefício muito superior. Por apenas R$ 3.500 a mais, o consumidor leva uma moto com 40 cv — ou seja, 13 cv a mais —, além de mais conforto e capacidade de carga.

Veja o ranking das naked mais vendidas:

  1. Honda CB300F Twister: 42.888 unidades
  2. Yamaha FZ25: 29.211 unidades
  3. Yamaha FZ 15: 26.575 unidades
  4. Bajaj Dominar 400: 7.402 unidades
  5. Yamaha MT-03: 5.734 unidades
  6. Haojue DR 160: 3.264 unidades
  7. Bajaj Dominar 250: 2.436 unidades
  8. Bajaj Dominar 160: 1.516 unidades
  9. Honda CB 500: 1.437 unidades
  10. Kawasaki Z900: 1.327 unidades

Nesse cenário, não há dúvida: entre as quatro modelos analisados nesta reportagem, a melhor escolha é a Dominar 400. Trata-se da moto topo de linha da marca indiana no Brasil, equipada com câmbio de seis marchas e torque 1,3 kgfm superior ao da Dominar 250.

Assim, a Dominar 400 atende melhor ao perfil do consumidor que busca uma moto prática para o dia a dia, mas que também valoriza segurança e desempenho nas estradas. Ao acelerar, o piloto encontra potência suficiente para ultrapassagens com tranquilidade — mesmo com garupa e bagagem.

Da linha Bajaj, a Dominar 400 é a que oferece o melhor custo-benefício — Foto: Divulgação | Bajaj

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