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Anvisa lança chamado pra identificar laboratórios com tecnologia para rastrear metanol

por Redação
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Laboratório de Análises Toxicológicas da Universidade Feevale analisa a presença de metanol
Júlia Taube/ RBS TV
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou um chamamento público para identificar laboratórios capazes de detectar e quantificar metanol em amostras biológicas, especialmente no sangue humano. O objetivo é mapear a infraestrutura analítica existente no país e reforçar a resposta a episódios de intoxicação relacionados à substância.
De acordo com a Anvisa, o levantamento abrange laboratórios públicos, privados e vinculados a universidades e centros de pesquisa que disponham de equipamentos e metodologias validadas, como o cromatógrafo gasoso, para a detecção de metanol.
A medida integra ações de vigilância sanitária e toxicológica e busca subsidiar futuras cooperações técnicas entre a agência, o Ministério da Saúde e demais instituições do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).
“A relevância sanitária dos episódios de intoxicação por metanol exige o aprimoramento da capacidade nacional de resposta”, destacou a Anvisa no chamamento.
Mapeamento nacional deve reforçar resposta a intoxicações
Poderão participar laboratórios:
públicos, integrantes de redes oficiais de saúde, universidades ou instituições de pesquisa;
privados, que prestem serviços analíticos, diagnósticos ou de apoio laboratorial;
e demais instituições com capacidade técnica para realizar análises de metanol em matriz biológica humana.
A inscrição deve ser feita por meio de formulário eletrônico disponível no portal da Anvisa. O documento deve conter informações como:
Identificação do laboratório (razão social, CNPJ, endereço, responsável técnico e contato);
Autodeclaração de capacidade de detecção de metanol em matriz biológica (sangue);
Descrição resumida da metodologia empregada (instrumentação analítica e princípio do método);
Tempo médio necessário para emissão do resultado diagnóstico;
Capacidade de análise (número estimado de amostras passíveis de processamento por semana).
As informações prestadas terão caráter autodeclaratório e devem refletir a real capacidade operacional e técnica do laboratório no momento do envio.
Prazo e uso dos dados
O período para manifestação de interesse é de 30 dias corridos a partir da publicação do edital no Diário Oficial da União.
Os dados coletados terão caráter confidencial e serão utilizados exclusivamente pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde para o planejamento de ações de vigilância e resposta a emergências toxicológicas relacionadas ao metanol.
A Anvisa ressalta que o chamamento não configura credenciamento, contratação ou convênio, e que qualquer cooperação técnica futura será tratada de forma específica.
Os dados pessoais informados serão protegidos de acordo com a Lei nº 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
O que é o metanol e por que preocupa
O metanol é um álcool tóxico que pode causar intoxicações graves quando ingerido. O fortalecimento da rede laboratorial é essencial para o diagnóstico rápido e para orientar as medidas de saúde pública em casos de exposição.
Brasil tem 29 casos confirmados, diz ministério
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (10) uma nova atualização sobre os casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.
Até agora, o país soma 246 notificações:
29 confirmações,
e 217 investigações em andamento
Outras 249 ocorrências foram descartadas.
Os casos confirmados estão distribuídos por três estados:
São Paulo (25),
Paraná (3)
e Rio Grande do Sul (1).
Entre os casos ainda sob investigação, a maioria também é de São Paulo, que concentra 160 registros.
Na sequência aparecem Pernambuco (31), Rio Grande do Sul (4), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Rio de Janeiro (3), Espírito Santo (3), Goiás (2), Alagoas (1), Bahia (1), Ceará (1), Minas Gerais (1), Rio Grande do Norte (1) e Rondônia (1).
O levantamento aponta ainda cinco mortes confirmadas em São Paulo.
Outros 12 óbitos estão sob investigação: 1 no Ceará, 1 em Minas Gerais, 1 em Mato Grosso do Sul, 3 em Pernambuco e 6 em São Paulo.
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Jornal Nacional/ Reprodução

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