Alcolumbre e Motta dizem que Congresso está pronto para defender economia após tarifaço de Trump

Alcolumbre e Hugo Motta divulgaram nota conjunta em que defendem diálogo, mas ressaltam que o Congresso está mobilizado para proteger empregos e aplicar a Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada em abril. Brasileiros ‘invadem’ perfil de Trump e dominam comentários
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgaram nesta quinta-feira (10) uma nota conjunta em reação à decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
No comunicado, os dois líderes parlamentares defenderam que a resposta brasileira deve ocorrer com “diálogo nos campos diplomático e comercial”, mas enfatizaram que o Congresso está mobilizado para proteger a economia nacional.
“A decisão dos Estados Unidos de impor novas taxações sobre setores estratégicos da economia brasileira deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial”, afirmaram.
Alcolumbre e Motta destacaram ainda a aprovação da Lei da Reciprocidade Econômica, sancionada em abril, como um instrumento de reação a medidas hostis. “Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica. Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania.”
04/06/25 – Senador Davi Alcolumbre, presidente do Senado, e o deputado Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, durante abertura do BRICS Parliamentary Forum no Senado Federal.
Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo
Segundo os presidentes das duas Casas, o Congresso vai monitorar os desdobramentos do tarifaço e atuar em sintonia com o Executivo para mitigar seus efeitos.
“Estaremos prontos para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da nossa economia, do nosso setor produtivo e da proteção dos empregos dos brasileiros”, diz o texto.
A nota foi publicada no mesmo dia em que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou que pretende usar a nova legislação como base para retaliar a medida unilateral imposta pelos Estados Unidos.