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Zanin manda para prisão operador de esquema de venda de sentenças que estava em regime domiciliar

por Redação
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Andreson Gonçalves, apontado como o principal lobista do advogado Roberto Zampieri
Divulgação
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como operador de um esquema de venda de sentenças que teria envolvido até gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A Polícia Federal já cumpriu a medida. O lobista passará por audiência de custódia em Cuiabá e será definido para qual estabelecimento prisional ele será levado.
O ministro do STF atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) após Anderson passar por uma nova avaliação médica.
Ele cumpria prisão em regime domiciliar desde julho devido ao estado crítico de saúde e da aparência esquelética.
Antes, ele ficou preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, por oito meses, quando teria perdido mais de 25kg e apresentado estado de diabetes avançado (veja nas imagens abaixo).
Em nota, a defesa de Andreson chamou a decisão de Zanin de “surpreendente” e “desfundamentada”.
“O cara passa oito meses na cadeia, perde 25 quilos, tem diagnóstico médico de neuropatia diabética, confirmada pelo Instituto Médico Legal. Esqueceram o laudo do IML e seu diagnóstico com base em exames de imagem e outros, para validar 50 minutos de dois policiais médicos na casa dele”, criticou o advogado do lobista.
Andreson Gonçalves vai cumprir prisão domiciliar após estado crítico de saúde no presídio
Segundo a defesa, Andreson passou por uma cirurgia em 2020 chamada gastrectomia vertical com interposição ileal, procedimento que envolve a retirada de parte do intestino e altera significativamente a digestão e absorção de alimentos.
O empresário é apontado pela PF como um dos principais operadores do esquema investigado.
Segundo a PF, as investigações “revelaram a existência de um mercado paralelo de influência, no qual contratos milionários de advocacia ou de consultoria eram firmados com o propósito de assegurar decisões previamente combinadas, em substituição à efetiva atuação técnico-jurídica” nos processos.
O relatório descreve a existência de uma rede de intermediários, operadores e servidores, criada para manipular e direcionar decisões do STJ e de outros tribunais.
Segundo a PF, o esquema envolvia pessoas que atuavam em três núcleos:
Servidores públicos ligados a gabinetes, que vazavam informações sensíveis e antecipavam minutas;
Advogados e lobistas, que buscavam clientes interessados em decisões favoráveis; e
Empresários, principalmente do agronegócio, que seriam beneficiados com as decisões.
Os investigadores analisaram uma série de mensagens que revelam ações que seguiam padrões típicos de atuação de organizações criminosas, como o uso de linguagem cifrada, codinomes, laranjas e empresas de fachada.
Para tentar maquiar as negociações, a PF diz que o grupo recorria a expressões como “a obra está pronta”, que correspondiam a uma minuta de decisão finalizada.
A PGR pediu ao Supremo que a PF aprofunde as investigações e detalhe mais dados da investigação.
Com saúde debilitada lobista recebe mudança para prisão domiciliar
Reprodução

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