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Vacina nasal sem agulha inativada por antibiótico mostra mais eficácia contra a coqueluche

por Redação
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Vacina nasal sem agulha inativada por antibiótico mostra mais eficácia contra a coqueluche
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Uma vacina contra a bactéria responsável pela coqueluche (Bordetella pertussis) inativada pelo antibiótico ciprofloxacino e administrada por via nasal pode prevenir doenças graves e reduzir a transmissão bacteriana, de acordo com um estudo conduzido no Trinity College Dublin e publicado na Nature Microbiology.
A bactéria é morta, mas mantém sua estrutura, estimulando o sistema imune sem risco de infecção.
Limitações das vacinas atuais explicam o retorno da doença
As vacinas atuais contra a coqueluche – especialmente as acelulares – previnem casos graves, mas não impedem as infecções e transmissão nasal. Apesar de salvarem vidas, ao proteger os bebês de doenças severas, essas vacinas não bloqueiam a colonização bacteriana no nariz e na garganta, permitindo a disseminação contínua dentro das comunidades. Por isso, o reaparecimento global da coqueluche, mesmo com a alta cobertura vacinal, reforça a demanda comercial e clínica por vacinas mais eficazes.
Nova plataforma sem agulha estimula imunidade local
O estudo apresenta uma plataforma de vacina mucosa, sem agulha, capaz de induzir imunidade local duradoura, diretamente no local da infecção. Essa estratégia pode transformar a prevenção da coqueluche e impactar o mercado mais amplo de vacinas bacterianas respiratórias.
Testes em camundongos mostraram proteção total
Nos experimentos, a vacina foi aplicada por aerossol ou via intranasal em camundongos, que tiveram proteção total contra infecções nos pulmões e no nariz, mesmo após uma única dose. E mesmo animais previamente vacinados com a formulação atual também apresentaram boa resposta ao reforço.
Diferentemente da vacina celular, a vacina inativada por antibiótico não provocou reações sistêmicas, como o aumento de proteína C-reativa.
Em relação à duração, a imunidade respiratória permaneceu por pelo menos 6 meses após a vacinação.
Pesquisadores destacam potencial para bloquear transmissão
O estudo foi liderado pelo professor Kingston Mills e pelo Dr. Davoud Jazayeri da Escola de Bioquímica e Imunologia do Trinity College Dublin. “Ao estimular a imunidade onde as infecções começam – na mucosa respiratória – podemos oferecer uma proteção mais forte e potencialmente interromper a transmissão comunitária.”, afirma o professor Mills.
Imunidade respiratória sem inflamação sistêmica
A Bordetella pertussis é inativada por antibióticos e administrada por via intranasal. Essa via de aplicação ativa uma resposta imune distinta, mediada por células T, que protege os pulmões e o trato respiratório superior, sem desencadear inflamação sistêmica indesejada.
Vacina pode inspirar proteção contra outras bactérias respiratórias
Em estudos pré-clínicos, a vacina contra Bordetella pertussis inativada por antibióticos demonstrou proteção completa contra infecções pulmonares e nasais, superando as vacinas acelulares contra coqueluche atualmente disponíveis.
Dessa forma, ela pode servir como uma vacina de próxima geração contra coqueluche assim como uma plataforma “plug-and-play” (de integração imediata) adaptável a outras bactérias, como Staphylococcus aureus (que vive na pele e nas mucosas, como o nariz), Streptococcus pneumoniae (responsável por diversas infecções respiratórias), Mycoplasma pneumoniae (causadora de infecções respiratórias mais leves e prolongadas) e Mycobacterium tuberculosis (agente da tuberculose).
Aplicação por spray nasal facilita acesso e reduz custos
Os autores concluíram que a nova vacina testada combina segurança, baixo custo e eficácia local. Além disso, ela pode ser aplicada por nebulizador ou spray nasal, sem agulhas.
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