Início » Senado aprova R$5 bilhões fora do limite de gastos para despesas com Defesa

Senado aprova R$5 bilhões fora do limite de gastos para despesas com Defesa

por Redação

O Senado aprovou nesta quarta-feira (22), por 57 votos a 4, uma proposta de lei que tira da regra de limite de gastos, prevista no arcabouço fiscal, até R$ 5 bilhões para o custeio de despesas do Ministério da Defesa.

O texto, apresentado pelo líder do PL, senador Carlos Portinho (PL-RJ), uniu oposição e governo. A proposta segue para a análise da Câmara dos Deputados.

O projeto foi apresentado no final de setembro e teve uma tramitação célere – sequer passou por qualquer comissão do Senado – para garantir a possibilidade de valer para o orçamento de 2026, que ainda vai ser votado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).

De acordo com a proposta, entre 2026 e 2031, o governo federal poderá descontar da meta fiscal as despesas com projetos estratégicos para a defesa nacional. Desse valor, pelo menos 35% devem ser alocados em empresas nacionais.

Veja os vídeos que estão em alta no g1

Veja os vídeos que estão em alta no g1

Além disso, obriga que a Defesa destine 100% desses recursos com investimento, não podendo ser usado, por exemplo, para despesas com folha de pagamento.

De acordo com o senador Portinho, a proposta garante que o Ministério da Defesa não sofra com cortes de gastos obrigatórios em função da necessidade de respeito às regras fiscais.

“O presente projeto tem por finalidade assegurar que o Ministério da Defesa disponha, anualmente, de um orçamento mínimo, para garantir recursos financeiros estáveis e previsíveis”, afirmou.

Fundo para indústria e tecnologia

O relator, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), rejeitou emenda ao texto que buscava também retirar da meta fiscal os gastos com o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT).

O fundo, criado em 2024, é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), busca captar recursos para a utilização em programas e projetos prioritários de desenvolvimento industrial, científico e tecnológico.

“Em uma geopolítica como nós temos hoje, inclusive com problemas com a vizinhança, com narcotráfico, não me parece ser uma decisão madura nos sucatearmos e enfraquecermos as Forças Armadas. Isso aqui não é algo deste governo, não é do governo passado, é um projeto de estado e de afirmação do estado brasileiro”, afirmou o relator, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

Apesar do apoio de boa parte dos parlamentares da oposição, o líder, senador Rogério Marinho (PL-RN), foi contrário à proposta e criticou a inserção de mais uma exceção ao arcabouço fiscal.

“A gente tá assistindo todas as semanas a um desfile de exceções e as exceções se tornaram a regra. E a regra é: não se cumpre a meta fiscal estabelecida. Ou seja, o que o governo apresentou no início dessa legislatura, como uma espécie de mudança de parâmetro revolucionário do ponto de vista fiscal, no chamado arcabouço, transformou-se numa quimera que o próprio governo não respeita”, afirmou Marinho.

O plenário do Senado durante sessão de votações — Foto: Carlos Moura/Agência Senado

você pode gostar

SAIBA QUEM SOMOS

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

CONTATOS

noticias recentes

as mais lidas

Jornal de Minas © Todos direitos reservados à Tv Betim Ltda®