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Quem é Demóstenes Torres, advogado de defesa do almirante Almir Garnier

por Redação
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Demóstenes Torres, advogado de Almir Garnier
Reprodução
No primeiro dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado, nesta terça-feira (2), a defesa do almirante Almir Garnier —réu do núcleo 1 na tentativa de golpe de estado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — é comandada por uma figura conhecida da política: o ex-senador Demóstenes Torres.
Garnier é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter aderido ao plano golpista, colocando tropas à disposição. A carreira de seu advogado foi marcada por uma ascensão como “mosqueteiro da ética” e uma queda abrupta que resultou na cassação de seu mandato.
De ‘mosqueteiro da ética’ a relator da Ficha Limpa
Nascido em Anicuns (GO), em 1961, Demóstenes Lázaro Xavier Torres construiu carreira no Ministério Público de Goiás, onde chegou ao cargo de procurador de Justiça.
Entrou para a política ao ser eleito senador por Goiás em 2002 e foi reeleito em 2010. No Congresso, consolidou uma imagem de parlamentar combativo e defensor da moralidade, o que lhe rendeu o apelido de “mosqueteiro da ética”.
O auge de sua trajetória política foi a relatoria do projeto de iniciativa popular que resultou na Lei da Ficha Limpa, em 2010. A legislação tornou inelegíveis por oito anos políticos condenados por crimes graves em decisões de órgãos colegiados.
Ligação com Carlinhos Cachoeira
Demóstenes Torres tem mandato cassado no Senado
A imagem de defensor da moralidade começou a ruir em 2012, quando a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, revelou suas ligações com o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar um esquema de jogos de azar e corrupção.
Gravações telefônicas autorizadas pela Justiça mostraram conversas que indicavam uma relação de proximidade entre o então senador e Cachoeira, além do uso do mandato para favorecer os interesses do contraventor.
As denúncias levaram à abertura de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado.
Em 11 de julho de 2012, por 56 votos a favor e 19 contra, Demóstenes Torres teve o mandato cassado, tornando-se o segundo senador a perder o cargo na história da República. Com a decisão, teve seus direitos políticos suspensos por oito anos.
Retorno ao MP e advocacia
Demóstenes Torres volta ao trabalho no Ministério Público de Goiás
Afastado da política, Demóstenes buscou retornar ao seu cargo de origem no Ministério Público de Goiás. Após uma disputa judicial, conseguiu ser reintegrado em 2016, onde permaneceu até se aposentar como procurador de Justiça, em 2019.
Após a aposentadoria, iniciou a carreira como advogado.
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