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Pesquisa Quaest traz motivos que levaram Lula a evitar polemizar sobre operação contra crime no Rio

por Redação
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Quaest: 85% dos moradores do RJ apoiam aumentar pena para homicídio a mando de organizações criminosas e 72%, enquadrá-las como terroristas
A pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (3) traz pontos que podem justificar os motivos pelos quais o presidente Lula decidiu evitar declarações polêmicas sobre a operação no Rio de Janeiro.
Além de aprovar a operação e classificá-la como um sucesso, a população fluminense tem uma visão de que é preciso endurecer o enfrentamento ao crime organizado, numa linha oposta à que a esquerda costuma adotar, de acordo com a pesquisa do instituto.
O levantamento da Quaest revela que:
72% dos moradores do Estado do Rio são a favor de enquadrar o crime organizado como organizações terroristas;
85% defendem aumentar a pena de quem comete homicídio a mando do crime organizado; e
62% são a favor de proibir visitas íntimas nas prisões para faccionados.
Ou seja, a população quer aumentar a pressão sobre integrantes do crime organizado.
Operação com mais de 100 mortos na terça (28/10) mirou o Comando Vermelho nos complexos da Penha e Alemão
Reuters
Logo após a operação do governo do Rio contra o Comando Vermelho, Lula evitou levantar qualquer dúvida sobre a importância da medida, apesar do elevado número de mortes durante o confronto das polícias contra os traficantes.
A avaliação é que o governo tinha só a perder se fosse contra uma operação que já havia ganhado o apoio da população nas redes sociais. As pesquisas depois vieram só confirmar.
Principalmente, em relação a um tema: segurança pública, amplamente explorado pela direita.
O PL de Jair Bolsonaro usou a operação para atacar o presidente Lula, lembrando a declaração equivocada dada por ele na Ásia, quando disse que os traficantes são vítimas dos usuários de drogas. Os bolsonaristas viram no episódio e na operação do Rio a oportunidade para sair da defensiva, onde estavam desde o tarifaço de Donald Trump.
Para buscar uma reação, a equipe do presidente Lula já definiu sua estratégia para evitar ficar nas cordas no debate sobre segurança pública, alçado novamente ao centro das discussões com a operação no Rio contra o Comando Vermelho.
Claudio Castro e Ricardo Lewandowski em coletiva no Rio de Janeiro
Pablo Porciuncula/AFP
De um lado, vai defender que o Congresso acelere a votação tanto da PEC da Segurança Pública como do projeto da Lei Antifacção, enviado na última sexta-feira (31) ao Legislativo.
De outro, vai seguir defendendo a necessidade de uma cooperação entre União e Estados, e não uma divisão, para enfrentar o crime organizado.
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O tema da segurança é o ponto fraco do governo. A pesquisa Quaest mostra que, no Estado do Rio, 60% avaliam como negativa a atuação do governo Lula na segurança pública, enquanto apenas 18% classificam como positiva.
A mesma população, por outro lado, apoia a PEC da Segurança. 52% aprovam, contra 29% que se dizem contrários.

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