União, Republicanos e PDT — partidos com ministros no governo — tiveram mais de 90% dos votos pela revogação do decreto. Apenas PSOL, PCdoB e PV apoiaram integralmente o Planalto. Ana Flor, Natuza e Camarotti sobre aprovação de mais vagas de deputados: ‘escárnio’ e ‘foco no próprio umbigo’
Partidos que integram a base do governo ou mantêm ministros no primeiro escalão votaram, em sua maioria, contra o Palácio do Planalto na sessão da Câmara que aprovou a derrubada do decreto que aumentava a tributação do IOF sobre operações financeiras.
O destaque ficou por conta do União Brasil, com 96% da bancada votando a favor do PDL, que revogou o decreto presidencial. O Republicanos, legenda do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, teve 95% dos votos pela derrubada. Já o PDT, que se declarou independente após a crise no INSS, mas mantém o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, votou com 94% a favor da revogação.
Outros partidos com ministérios também tiveram maioria a favor da derrubada. O PSD, do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Márcio França (Empreendedorismo), registraram cerca de 60% de votos favoráveis. Parte das bancadas desses partidos preferiu não votar, evitando registrar posicionamento contrário ao governo.
Na contramão, apenas os partidos da federação PT-PCdoB-PV e o PSOL orientaram integralmente contra a revogação. O PCdoB, o PSOL e o PV (que tem apenas um deputado) foram os únicos com 100% da bancada votando a favor do governo.
A votação mostrou que a fragilidade da base de apoio do governo Lula no Congresso. Apenas PC do B, Psol e Rede (que tem apenas um deputado) votaram integralmente contra a derrubada dos decretos.
O PT não entregou todos os seus votos contra a medida por conta de um erro no registro do voto do deputado Rui Falcão (SP), que disse ter votado a favor por engano.
Enquanto isso, partidos com representatividade nos Ministérios do governo Lula engordaram os votos pela derrubada dos decretos de Haddad.
No União Brasil, partido com 3 ministérios, 96% da bancada foi a favor da derrubada, 95% no Republicanos, com um ministro, e 94% do PDT, que se declarou independente após a crise dos descontos no INSS, mas que se mantém no comando do Ministério da Previdência.
Base sumiu
PSD e PSB, também com ministérios na Esplanada, entregaram 60% dos votos a favor da medida. Mas o restante dos deputados não encampou o voto contra a derrubada do decreto e optou por não registrar seus votos.