Paciente com Parkinson recupera movimentos e toca clarinete em cirurgia; VÍDEO

Paciente com Parkinson recupera movimentos e toca clarinete em cirurgia; VÍDEO


Paciente com Parkinson toca clarinete enquanto faz cirurgia no cérebro
Uma mulher com doença de Parkinson conseguiu retomar os movimentos e tocar clarinete durante uma cirurgia no Reino Unido.
🧠 A doença afeta o sistema neurológico e causa sintomas motores como tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos.
A fonoaudióloga Denise Bacon, 65, que tinha paixão por tocar já não conseguia mais fazer isso por causa do avanço da doença. Ela foi diagnosticada em 2014 e a doença já havia afetado sua capacidade de tocar, andar, nadar e dançar.
Paciente toca clarinete enquanto passa por procedimento no cérebro para tratar Parkinson
Kings College Hospital
Nesta semana, ela foi submetida a uma Estimulação Cerebral Profunda (ECP) – um procedimento cirúrgico usado em pacientes selecionados com distúrbios de movimento resistentes ao tratamento da doença de Parkinson.
🧠 Na cirurgia, foram implantados eletrodos no cérebro de Denise. Eles foram conectados a um gerador de pulsos, semelhante a um marcapasso, para fornecer impulsos elétricos e, com isso, modificar a atividade cerebral e reduzir os sintomas da doença.
O resultado veio ainda na sala de cirurgia: ela conseguiu tocar seu clarinete, com total controle do movimento dos dedos.
“Lembro-me de que minha mão direita conseguia se mover com muito mais facilidade depois que o estímulo foi aplicado, e isso, por sua vez, melhorou minha capacidade de tocar clarinete, o que me deixou muito feliz”, disse a paciente.
Ela tocava em uma orquestra de concerto até cinco anos atrás, quando teve de parar por causa do avanço da doença. Os médicos explicam que, com o procedimento, ela vai poder retomar essa parte de sua rotina.
Como a cirurgia funciona
🧠 A doença de Parkinson é causado pela redução da produção de dopamina no cérebro. Essa molécula é responsável por controlar os movimentos como andar, falar, tocar. Com o avanço da doença, o paciente vai perdendo suas habilidades motoras.
A proposta do tratamento, feito no hospital universitário King’s College Hospital é implantar eletrodos que possam ajudar na estimulação e, com isso, trazer como resposta os movimentos.
A cirurgia dura cerca de quatro horas e é feita apenas com anestesia local. Ou seja, o paciente fica acordado durante todo o procedimento.
Primeiro, são feitos furos do tamanho de metade de uma moeda no crânio da paciente.
Depois, uma moldura com coordenadas precisas foi colocada na cabeça dela, agindo como um navegador por satélite para guiar a equipe médica até as posições corretas dentro do cérebro para implantar o eletrodo.
Assim que os eletrodos foram colocados no lado esquerdo do cérebro de Denise, a corrente foi ligada e eles deram a ela o clarinete.

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