Lidiane de Oliveira Souza foi morta com um tiro na cabeça
Arquivo pessoal
O investigado por matar uma mulher, de 27 anos, com um tiro na cabeça em Bocaiuva foi indiciado por feminicídio majorado. Lidiane de Oliveira Souza foi baleada no dia 20 de julho e morreu dois dias depois na Santa Casa de Montes Claros.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito e Lidiane já haviam se relacionado e ele perseguia a jovem. Dois dias antes do crime, ele tentou levá-la à força da casa onde morava, em Montes Claros, mas foi impedido pelo irmão dela. No dia seguinte, Lidiane viajou para Bocaiuva para se encontrar com outro rapaz.
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“No dia do crime, ele foi pra Bocaiuva atrás dela. O suspeito chegou a mandar um áudio fazendo ameaças e, com medo de que matasse a família, a vítima acabou revelando o endereço de onde estava”, explicou o delegado Theles Bustorff.
Lidiane foi retirada da residência e levada para uma fazenda na zona rural de Bocaiuva, onde foi atingida com um tiro na cabeça.
Polícia Civil repassou detalhes da investigação em entrevista coletiva nesta sexta-feira (5)
Polícia Civil/Divulgação
Ainda segundo a Polícia Civil, o homem agiu de forma premeditada. Ele estava acompanhado de um amigo que, de acordo com as investigações, não tinha conhecimento da intenção criminosa.
“Esse amigo foi para Bocaiuva com a promessa de que o suspeito iria arrumar um emprego para ele em uma fazenda, sem saber da pretensão do crime. Após a mulher ser baleada, ele obrigou o suspeito a socorrer a vítima”.
Lidiane de Oliveira Souza recebeu os primeiros atendimentos no hospital de Bocaiuva e depois foi transferida para Montes Claros. Inicialmente, a Polícia Militar informou que o suspeito chegou ao local carregando a mulher nos braços inconsciente e com sangramento intenso. Porém, após análise de imagens de câmeras de segurança a Polícia Civil constatou que, na verdade, foi o amigo que entregou a mulher no hospital, enquanto o suspeito permaneceu aguardando do lado de fora na direção do carro.
Os exames preliminares apontaram a presença de dois a três projéteis alojados na cabeça da vítima, mas o laudo confirmou apenas um disparo fragmentado.
O investigado teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e permanece recluso no presídio de Bocaiuva. Ele foi indiciado por feminicídio majorado pela traição e pela impossibilidade de defesa da vítima, além de porte ilegal de arma de fogo.
O homem tem extensa ficha criminal com envolvimento em roubo, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, extorsão e homicídio.
Mulher baleada em Bocaiuva morre na Santa Casa de Montes Claros
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