Mauro Cid e Braga Netto ficarão frente a frente no STF; veja perguntas e respostas sobre processo

Mauro Cid e Braga Netto ficarão frente a frente no STF; veja perguntas e respostas sobre processo

Pedidos de acareação foram feitos pelas defesas de Torres e Braga Netto, que consideram que há divergências a serem esclarecidas. Na próxima terça-feira (24), três réus e uma testemunha no processo que analisa a tentativa de golpe de Estado em 2022 ficarão frente a frente, durante dois processos de acareação. Todas, marcadas para ocorrer na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.
A primeira será entre o tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Souza Braga Netto.
Os dois são réus na ação que apura a participação do chamado “núcleo crucial” da organização criminosa voltada para a ruptura democrática. Cid tem um acordo de colaboração premiada fechado com a Polícia Federal.
Mauro Cid e Braga Netto vão passar por acareação na ação pena da tentativa de golpe
A segunda será entre o ex-ministro Anderson Torres e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. O primeiro faz parte do “núcleo crucial” apontado pela Procuradoria-Geral da República; o segundo é testemunha no processo.
▶️Veja, nesta reportagem, perguntas e respostas sobre o andamento das investigações e sobre os procedimentos desta semana.
O que é acareação?
🔎A acareação é um procedimento em que pessoas com depoimentos contraditórios são confrontadas para esclarecer suas versões sobre fato relevante para um processo judicial.
Este é um ato previsto na legislação penal. Pela lei, pode ocorrer entre acusados e acusados e testemunha e testemunhas, por exemplo.
A acareação acontece em uma audiência em que são feitas perguntas aos envolvidos. A ideia é que esclareçam pontos controversos. O procedimento deve ser registrado por escrito.
Por que elas foram marcadas?
Os procedimentos foram solicitados pelas defesas de Anderson Torres e de Braga Netto na fase de diligências adicionais, logo após o interrogatório dos réus, realizado entre os dias 9 e 10 de junho.
Ao ministro do STF Alexandre de Moraes, advogados de Torres afirmaram que a medida era necessária para esclarecer contradições em declarações apresentadas por Freire Gomes, testemunha no processo.
Segundo eles, pontos apresentados pelo militar e pelo ex-ministro “divergem frontalmente em ponto nevrálgico” da ação.
Já os advogados de Braga Netto querem tratar do que consideram divergências entre as declarações do general e de Cid durante o interrogatório. Moraes autorizou os procedimentos na terça-feira (17) passada.

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