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Lula sanciona lei que autoriza governo a mirar piso da meta fiscal em 2025

por Redação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta sexta-feira (31) uma lei que autoriza o governo a manejar as contas públicas de 2025 mirando o limite inferior da meta fiscal.
O Executivo trabalha com uma meta de déficit zero nas contas deste ano. O arcabouço fiscal prevê, no entanto, um intervalo de tolerância para que o objetivo seja considerado cumprido. Há duas bandas (superior e inferior):
superávit de R$ 30,9 bilhões; ou
déficit de R$ 30,9 bilhões.
A lei sancionada por Lula estabelece que, em 2025, o governo poderá perseguir apenas a banda inferior da meta.
As regras do arcabouço estabelecem que, para manter as contas dentro do objetivo, o Executivo pode limitar gastos.
A mudança autoriza, portanto, que o governo congele um volume menor de despesas neste ano.
O texto estabelece que o Executivo poderá contingenciar apenas o necessário para atender à meta inferior de 2025 (um déficit de R$ 30,9 bilhões nas contas). Aumentando, na prática, a margem de gastos do Planalto.
O entendimento, embora não esteja em lei, é o que vem sendo adotado pela equipe econômica do governo. A legislação, aprovada pelo Congresso na última quinta (30) e sancionada por Lula um dia depois, apenas assegura que o Planalto siga com o critério.
Disputa no TCU
Sede do Tribunal de Contas da União, em Brasília
Valter Campanato/Agência Brasil
O reforço legal ocorreu depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) questionar a regra atualmente adotada pelo governo.
O TCU chegou a decidir que o governo teria de rever o critério adotado em 2025 e mirar o centro da meta fiscal, que é de déficit zero. A equipe econômica avaliou que a mudança poderia levar a um bloqueio de até R$ 30 bilhões nas contas, levando a um colapso da máquina pública neste ano.
O Planalto recorreu, e o relator do caso, ministro Benjamin Zymler, decidiu que o governo poderá continuar a adotar a regra em 2025.
O TCU ainda definirá, em julgamento definitivo, se o governo será obrigado a perseguir o centro da meta nos próximos anos.
LDO de 2026
A discussão sobre o parâmetro que deve ser adotado para a meta fiscal é um dos motivos que atrasaram a votação da proposta que define as diretrizes do Orçamento de 2026.
O texto já teve a análise adiada sucessivas vezes na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.
Sob críticas do governo, o relator da proposta, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), incorporou em seu parecer mais recente a decisão do TCU que obriga o governo a mirar o centro da meta.
As diretrizes orçamentárias estabelecem que as contas públicas deverão ter saldo positivo em 2026 — o chamado superávit. A meta é um saldo de R$ 34,2 bilhões, com um intervalo de tolerância (superior e inferior) para o cumprimento do objetivo.
Gervásio Maia estabeleceu que, durante a execução do Orçamento de 2026, eventuais congelamentos e bloqueios de despesas terão de ser feitos mirando o superávit de R$ 34,2 bilhões.

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