Início » Líder do PL expõe acordo político de divisão de emendas e gera mal-estar na cúpula do Congresso

Líder do PL expõe acordo político de divisão de emendas e gera mal-estar na cúpula do Congresso

por Redação


A guerra pela votação do projeto da anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023 fez o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, expor publicamente o acordo político sobre a distribuição de emendas de comissão, gerando mal-estar na cúpula do Congresso Nacional.
O deputado ameaça não cumprir o acordo sobre distribuição das emendas se o requerimento de urgência para votação da anistia diretamente no plenário não for pautado.
PL protocola requerimento de urgência para anistia
🔍 Emendas parlamentares são verbas previstas no Orçamento da União e que são pagas pelo governo a deputados e senadores. Os parlamentares repassam os valores para obras em seus estados ou municípios.
🔍 As emendas de comissão são parte dessas verbas. Pelas regras atuais, cabe a cada comissão permanente da Câmara e do Senado chegar a um acordo sobre a indicação desses valores, aprovar as emendas e registrar essa aprovação em ata.
A reação do Supremo Tribunal Federal (STF), que acompanha a distribuição de emendas parlamentares, foi imediata.
O ministro do STF, Flávio Dino, deu 48 horas para o líder do PL explicar o acordo político revelado e se está fora do acordo firmado pelo Congresso com o Supremo.
Sóstenes Cavalcante revelou que há um acordo com a presidência da Câmara na distribuição de emendas de comissão, que totalizam cerca de R$ 11,5 bilhões.
Segundo ele, os partidos que presidem comissão ficam com 30% de suas emendas, enquanto os 70% restantes serão distribuídos pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, com os demais partidos. O mesmo acordo vale, segundo o deputado, para o Senado.
O líder do PL ameaça romper esse acordo e determinar que a totalidade das emendas de comissão presididas pela legenda fiquem com ela.
Ao revelar o entendimento, conhecido nos bastidores, Sóstenes Cavalcante irritou a cúpula do Senado e da Câmara. Afinal, é esse poder de Hugo Motta e Davi Alcolumbre é que garante aos dois força para comandar votações importantes dentro do Congresso Nacional.
Sóstenes Cavalcante, líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados
Lula Marques/ Agência Brasil
Transparência e rastreabilidade
Sóstenes Cavalcante reagiu à determinação do ministro Flávio Dino argumentando que ele não ameaçou descumprir as regras de transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares, mas o acordo político dentro do Congresso Nacional.
O problema, na avaliação de ministros do Supremo, é que não deveria haver privilégios na distribuição destes recursos destinados às bases eleitorais.
Aliados de Hugo Motta e Davi Alcolumbre justificam que, no caso das emendas individuais e de bancada, que o governo tem de pagar obrigatoriamente, cada parlamentar tem a sua cota.
Já as emendas de comissão não são impositivas e há liberdade de negociação política. O receio dos dois é sobre como Sóstenes Cavalcante vai reagir na sua resposta ao STF.

você pode gostar

SAIBA QUEM SOMOS

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

CONTATOS

noticias recentes

as mais lidas

Jornal de Minas © Todos direitos reservados à Tv Betim Ltda®