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IBGE: Pretos, pardos e indígenas têm rendimentos menores do que a média nacional

por Redação
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Os trabalhadores pretos, pardos e indígenas recebem, em média, rendimentos mensais menores do que a média nacional, indicaram os dados preliminares do Censo 2022, divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com os dados, enquanto o rendimento nominal mensal de todos os trabalhos médio do Brasil ficou em R$ 2.851, o desses trabalhadores alcançou R$ 2.186 para pardos, R$ 2.061 para pretos e R$ 1.683 para indígenas.

Os dados também indicam que, apesar de o rendimento domiciliar aumentar conforme o nível de estudo, as pessoas ocupadas de cor ou raça preta, parda e indígena registraram resultados inferiores à média. A maior discrepância ocorreu na categoria de trabalhadores com ensino superior completo. Veja abaixo:

  • 🔎 Os dados do Censo do IBGE consideram uma pesquisa sobre rendimento do trabalho realizada entre 25 e 31 de julho de 2022. Naquele ano, o salário mínimo era de R$ 1.212. Foram consideradas ocupadas as pessoas de 14 anos ou mais que, no período, trabalharam ao menos uma hora ou estavam temporariamente afastadas de uma atividade remunerada.

O IBGE indicou que trabalhadores pretos, pardos e indígenas também representam a maior parcela da população ocupada que recebe menos de um salário mínimo por mês na análise do rendimento mensal domiciliar per capita médio.

Aqueles que recebem até 1/4 do salário mínimo representam 41% de toda a população indígena ocupada, por exemplo. Esse percentual também é significativo entre pardos (17%) e pretos (14,9%). Veja abaixo:

Índice de Gini

O Brasil registrou um Índice de Gini de 0,542 em 2022, segundo os dados preliminares do Censo. O indicador é usado internacionalmente para medir a desigualdade na distribuição de renda.

  • 🔎 O Índice de Gini varia de 0 a 1: quanto mais próximo de 0, maior a igualdade. Quanto mais perto de 1, maior a concentração de renda em poucas mãos.

Os dados mostram que as regiões Norte (0,545) e Nordeste (0,541) tiveram os maiores índices, justamente onde os rendimentos médios domiciliares per capita são os mais baixos do país.

Já a Região Sul apresentou o menor índice (0,476), indicando uma distribuição de renda mais equilibrada. Sudeste (0,530) e Centro-Oeste (0,531) ficaram em posição intermediária.

Índice de Gini mostra desigualdade na distribuição de renda no Brasil — Foto: Arte/g1

Taxa de ocupação

Os dados preliminares do Censo 2022 também mostram que o nível de ocupação entre pessoas com 14 anos ou mais é de 53,5% no Brasil. O número representa uma queda em comparação ao observado no Censo de 2010, quando o nível de ocupação estava em 55,5%

As Regiões Sul (60,3%), Centro-Oeste (59,7%) e Sudeste (56%) apresentaram os maiores índices, enquanto o Nordeste (45,6%) e o Norte (48,4%) registraram os menores.

Nível de ocupação no Brasil por região, segundo dados do Censo 2022 — Foto: Arte/g1

Em relação às unidades da federação, Santa Catarina (63,5%), Distrito Federal (60,4%), Mato Grosso e Paraná (60,3%) foram as quatro que registraram os níveis mais elevados, superando a marca de 60%.

Enquanto isso, Piauí (43%), Paraíba (43,5%) e Maranhão (43,6%) apresentaram os menores percentuais.

Pessoa segura carteira de trabalho em mutirão de emprego em São Paulo — Foto: VINICIUS NUNES/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO

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