Início » Governo aposta em acordos em Saúde, Meio Ambiente e IA na cúpula do Brics; guerras ficam em segundo plano

Governo aposta em acordos em Saúde, Meio Ambiente e IA na cúpula do Brics; guerras ficam em segundo plano

por Redação
governo-aposta-em-acordos-em-saude,-meio-ambiente-e-ia-na-cupula-do-brics;-guerras-ficam-em-segundo-plano


COP 30 e cooperação em doenças negligenciadas estão entre os focos da presidência brasileira. Evento reúne chefes de Estado e representantes de países membros. O encontro da Cúpula de Líderes do Brics — grupo formado por 11 países, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — começa neste domingo (6), no Rio de Janeiro.
🔎O Brics é um fórum político e diplomático de países emergentes, com foco em cooperação econômica, social e tecnológica. Hoje, o bloco conta com 11 países-membros, incluindo novos integrantes como Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Um dos principais objetivos do grupo é ampliar a influência dos países do Sul Global na governança internacional.
Sob a presidência brasileira, os temas prioritários definidos são:
Saúde
Meio Ambiente
Inteligência Artificial (IA)
Encontro da Cúpula do Brics mobiliza 31 mil agentes de segurança
Apesar da presença de países diretamente envolvidos em conflitos, como Rússia e Irã, temas ligados à guerra na Ucrânia e aos confrontos no Oriente Médio devem ficar fora da agenda oficial.
A avaliação do Itamaraty é que essas discussões podem surgir em encontros bilaterais entre chefes de Estado, mas não serão abordadas de modo formal na cúpula.
A expectativa do governo brasileiro é de aprovar não só a declaração final dos chefes de Estado como três declarações conjuntas nas áreas prioritárias, resultado de discussões técnicas que vêm ocorrendo ao longo do ano. Segundo fontes do Itamaraty, a meta é dar ênfase a conquistas concretas da presidência brasileira à frente do bloco.
Miriam Leitão: Presidente do Irã não vem a reunião dos Brics
Meio Ambiente: construção de consenso para a COP 30
Com a presidência da COP 30, prevista para novembro em Belém (PA), o Brasil busca liderar uma agenda climática comum entre os países do Sul Global. A estratégia é construir uma posição unificada no Brics, a fim de fortalecer a articulação internacional na conferência do clima.
Ministros do Meio Ambiente dos países do grupo se reuniram em Brasília para discutir ações conjuntas em abril.
A expectativa é a divulgação de uma declaração sobre mudanças climáticas e financiamento com foco na meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC.
Conferência preparatória da COP30 deixa principais impasses de Belém sem solução; entenda em 5 pontos
Belém corre para deixar tudo pronto pra COP30
Saúde: cooperação contra doenças negligenciadas
A prioridade brasileira no tema é estabelecer acordos para a erradicação de doenças típicas de países em desenvolvimento e países pobres, como tuberculose, malária, doença de Chagas, leishmaniose e outras.
A proposta é elaborar uma estratégia coordenada de combate as chamadas doenças negligenciadas, que afetam principalmente populações vulneráveis.
Brasil defende acordos para estratégias combinadas de combate a doenças como a malária.
Getty Images/Via BBC
Durante reunião ministerial realizada no mês passado, em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que esse será um dos legados da presidência brasileira no Brics.
“O Brasil vê a saúde como alavanca pra o desenvolvimento sustentável. É sobre garantir o direito à saúde mais do que acesso a espaços e medicamentos, mas também é ter acesso tratamentos, água potável, alimentação saudável” disse Padilha.
O governo brasileiro também encara a cooperação em saúde como uma alternativa diante do encerramento das operações da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID) no Brasil, determinado ainda durante o governo Trump.
Outro eixo da proposta brasileira é a expansão da Rede de Pesquisa do Brics, com foco no desenvolvimento de vacinas.
Inteligência Artificial: governança global e dados como ativos econômicos
Outro pilar da presidência brasileira é a discussão sobre o uso ético e regulado da Inteligência Artificial. O governo defende que informações e dados devem ser tratados como ativos econômicos estratégicos, o que exige um modelo de governança internacional.
Em reunião preparatória, ministros do Brics criticaram o ressurgimento do protecionismo
Tomaz Silva/Agencia Brazil/dpa/picture alliance
A proposta brasileira é que o Brics avance na construção de diretrizes comuns para o uso da IA, respeitando a soberania dos países, mas promovendo padrões mínimos de transparência e segurança.
Segundo apurou o blog da Andreia Sadi, um dos tópicos que pode figurar na declaração conjunta sobre o tema é uma proposta para que os países sejam pagos pela geração dos dados que alimentam sistemas de inteligência artificial.
No Brasil, o debate sobre a regulamentação da IA está atualmente em tramitação no Congresso Nacional.
Agenda no Rio de Janeiro
A cúpula, que ocorre nestes dias 6 e 7 de julho, vai reunir chefes de Estado, chanceleres e representantes de alto nível dos países-membros.
o Governo Federal autoriza o uso das forças armadas no reforço da segurança no rio durante o Brics
Mais de 100 reuniões preparatórias foram realizadas entre fevereiro e julho, parte delas por videoconferência e parte presencialmente no Palácio Itamaraty, em Brasília.

você pode gostar

SAIBA QUEM SOMOS

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

CONTATOS

noticias recentes

as mais lidas

Jornal de Minas © Todos direitos reservados à Tv Betim Ltda®