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Galípolo chama poupança de

por Redação
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A declaração foi feita nesta quarta-feira (12), em evento do Bradesco Asset, ao explicar por que o BC vem promovendo mudanças estruturais no modelo de crédito imobiliário.

Segundo Galípolo, a poupança é um instrumento “apoiado na desinformação”, pois oferece liquidez diária e rendimento abaixo da taxa básica de juros, enquanto financia o crédito habitacional. Para ele, esse arranjo beneficia quem toma o empréstimo e penaliza quem investe.

“Você acaba sub-remunerando o poupador para oferecer crédito mais barato a quem está do outro lado — o que não é, do ponto de vista da progressividade da política econômica, a forma mais adequada. Ela [a poupança] é um Robin Hood às avessas”

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Novo modelo de financiamento imobiliário

Segundo Galípolo, a estratégia busca aproximar o prazo dos recursos captados pelos bancos ao período dos empréstimos concedidos. Isso permite um maior equilíbrio entre as entradas e saídas de dinheiro — o que reduz a necessidade de manter parte dos recursos parados como depósitos compulsórios no Banco Central.

  • 🤔 Depósitos compulsórios são recursos que os bancos obrigatoriamente precisam deixar guardados no Banco Central, e que não podem ser usados para fazer empréstimos ou investimentos. O objetivo é garantir a segurança do sistema financeiro.

Como era e como fica com o novo modelo

  • ➡️ Pelas regras atuais, 65% dos recursos captados pelos bancos por meio da caderneta de poupança têm que ser direcionados obrigatoriamente ao crédito imobiliário; 15% estão livres para outras operações; e 20% ficam retidos no BC (os chamados depósitos compulsórios).
  • 👉 Nesse modelo, o volume de crédito imobiliário depende do quanto as pessoas mantêm na poupança. Nos últimos anos, como muita gente tirou dinheiro da poupança, o volume de crédito encolheu.

Segundo Galípolo, esse novo desenho tende a aumentar a sensibilidade das taxas às decisões de política monetária do BC, fortalecendo o papel dos juros como instrumento de controle da atividade econômica.

“Se você conseguir aumentar essa sensibilidade, no final do dia você vai até aumentar a potência da política monetária do ponto de vista estrutural.”

Inflação em direção à meta

Sobre a política monetária, Galípolo afirmou que a trajetória da inflação rumo à meta de 3% tem sido mais lenta que o previsto.

“Até agora o que a gente assiste é que a política monetária funciona, mas de maneira mais lenta do que se vê no livro-texto”, disse.

O presidente do BC explicou, ainda, que a reação mais lenta da economia à política de juros reforça a necessidade de manter a taxa básica elevada.

De acordo com Galípolo, os dados mostram que a economia brasileira “está desacelerando, crescendo a taxas menores”, e a política monetária tem tido efeito, “mas de maneira gradual”.

Presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de entrevista à imprensa em Brasília 27/03/2025 — Foto: Reuters

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