A fala do ministro Alexandre de Moraes, no início do julgamento sobre o núcleo crucial da trama golpista, teve o objetivo claro de defender a instituição de ataques externos, avaliam ministro da Corte ouvidos pelo blog.
A percepção, entre os ministros, é a de que durante as últimas semanas cresceu muito o movimento para emparedar o Supremo Tribunal Federal e tentar intimidar a Corte, o que não deu resultado.
Mesmo assim, avaliam os magistrados, era necessária uma palavra do STF, que poderia ter vindo ou pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, ou pelo relator do processo penal sobre o golpe.
A manifestação acabou vindo por Alexandre de Moraes e os ministros entendem que a fala do relator só tem sentido dentro deste contexto, do julgamento da trama golpista, deixando claro que é um divisor de águas.
De um lado, quebra a corrente de anistias concedidas na história do país, que acabam favorecendo episódios de tentativa de golpe. De outro, a de que não serão aceitas quaisquer tipos de intimidação interna ou externa.
Na avaliação de ministros, a fala de Alexandre de Moraes teve este objetivo principal: dar uma resposta institucional a essas ameaças.
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