Maconha (Thinkstock)

Crédito, Thinkstock

Legenda da foto, Cerca de 600 mil italianos já recebem medicamentos feitos a partir da cannabis
    • Author, Marcelo Crescenti
    • Role, De Milão para a BBC Brasil

Uma unidade do Exército italiano cultivará plantas de maconha a serem usadas para fins medicinais no país.

Os ministérios italianos da Defesa e da Saúde assinaram nesta semana um protocolo de cooperação nesse sentido.

O documento prevê o cultivo de cannabis pelo instituto farmacêutico militar na cidade de Florença.

Esse instituto normalmente produz medicamentos para uso exclusivo dos militares.

A produção de maconha ali será voltada exclusivamente para fins terapêuticos.

A maconha cultivada deverá substituir o produto importado, que é mais caro.

Pule Mais lidas e continue lendo

Mais lidas

  • Sammi e Safi posam de mãos dadas em traje de casamento. Ela usa um vestido afegão tradicional de noiva, branco e vermelho, com lenço na cabeça; ele veste um sherwani, traje dourado típico de noivos.

  • Um close-up do rosto do sarcófago dourado de Tutancâmon.

  • Policiais empunhando armas durante operação do dia 28 de outubro de 2025 nos complexos da Penha e do Alemão

  • Alfred Chestnut, da esquerda para a direita, Andrew Stewart e Ransom Watkins posam para um fotógrafo após serem libertados e inocentrados do assassinato de 1983 pelo qual foram condenados, segunda-feira, 25 de novembro de 2019, em Baltimore, Maryland.

Fim do Mais lidas

“Até agora, importamos cannabis para uso medicinal a 15 euros por grama. Agora o custo deverá cair pela metade”, disse a ministra da saúde, Beatrice Lorenzin.

Sob controle

O instituto de Florença foi escolhido por ter a capacidade de produzir e manipular a planta.

Mas o plantio sob o controle dos militares visa também acalmar os ânimos dos críticos da medida, já que a segurança será total.

A maconha deverá ser usada para aliviar a dor de pacientes que fazem quimioterapia ou no tratamento paliativo dos sintomas de males como a esclerose múltipla.

Medicamentos à base de cannabis já são fornecidos gratuitamente em 11 das 20 regiões administrativas italianas.

Seu uso é monitorado. Só pacientes registrados recebem os remédios. Estima-se que cerca de 600 mil italianos participem deste programa.

A medida não tem nada a ver com uma liberalização da maconha no país, segundo destacou Lorenzin, que é contra o uso indiscriminado da droga.

Em fevereiro deste ano, o Tribunal Constitucional da Itália anulou uma lei de 2006 que impunha duras penas à posse, venda e cultivo de maconha, equiparando-as às de drogas mais pesadas.

Os primeiros remédios feitos com base na maconha italiana deverão chegar às farmácias do país em meados do ano que vem.