Embaixada dos EUA critica condenação de Bolsonaro e chama Moraes de ‘violador de direitos’

Embaixada dos EUA critica condenação de Bolsonaro e chama Moraes de ‘violador de direitos’


Jair Bolsonaro é aliado político de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos
Tom Brenner/Reuters
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil criticou nesta sexta-feira (12) a condenação de Jair Bolsonaro, a uma pena de 27 anos 3 meses, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente é ideologicamente alinhado ao presidente dos EUA, Donald Trump.
Em uma rede social, a representação diplomática norte-americana classificou a condenação como “mais um capítulo do complexo de perseguição e censura”, que na avaliação da embaixada, é promovido pelo ministro Alexandre de Moraes.
Na publicação, a embaixada diz que o relator do processo penal que condenou Bolsonaro e outros sete aliados é “um violador de direitos humanos”.
“Ontem, quatro dos cinco ministros do Supremo Tribunal Federal do Brasil condenaram o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão. Essa decisão é mais um capítulo do complexo de perseguição e censura do ministro Moraes, um violador de direitos humanos sancionado, que tem Bolsonaro e seus apoiadores como alvo. Encaramos esse sombrio desdobramento com a máxima seriedade”, diz o post.
Itamaraty reage à fala de secretário dos EUA
Itamaraty condena fala de porta-voz dos Estados Unidos
Nesta quinta-feira, após a conclusão do julgamento na Primeira Turma, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) reagiu a críticas feitas pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, sobre a condenação de Bolsonaro.
Em um post na rede social X, Marco Rubio disse que os EUA “responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”.
“As perseguições políticas do violador de direitos humanos Alexandre de Moraes, sancionado, continuam, já que ele e outros membros do STF decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”, afirmou o norte-americano.
Em resposta, o Itamaraty disse que o julgamento foi realizado “com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988” e que “as instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo.”
“Ameaças como a feita hoje pelo Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em manifestação que ataca autoridade brasileira e ignora os fatos e as contundentes provas dos autos, não intimidarão a nossa democracia”, diz a manifestação do ministério.
O Itamaraty também afirmou que o governo seguirá “a defender a soberania do País de agressões e tentativas de interferência, venham de onde vierem.”

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