É #FAKE que Tylenol cobrou de Trump abertura dos arquivos de Epstein após presidente associar remédio a autismo
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Circula nas redes sociais uma imagem que supostamente mostra uma resposta do fabricante do Tylenol ao presidente Donald Trump depois que o presidente dos Estados Unidos associou o medicamento a casos de autismo. É #FAKE.
selo fake
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🛑 Como é a imagem?
Publicada em 23 de setembro no X, onde teve mais de 10 milhões de visualizações, ela mostra o símbolo do Tylenol e o seguinte texto (em inglês): “Boa tentativa. Libere os arquivos de Epstein”. Trata-se da manipulação de um comunicado verdadeiro que dizia: “Nós apoiamos a ciência e apoiamos você”.
O conteúdo mentiroso foi compartilhado um dia após o presidente Trump ter relacionado o uso de paracetamol (ou acetaminofeno) durante a gravidez a um risco aumentado de autismo. Nos Estados Unidos, esse medicamento é vendido sob o nome comercial de Tylenol, produzido pela farmacêutica Kenvue.
O Fato ou Fake entrou em contato com empresa para questionar sobre a “resposta” que viralizou. Por e-mail, a companhia afirmou: “Essa não é uma mensagem autêntica da Kenvue ou Tylenol”.
A publicação fake menciona Jeffrey Epstein, bilionário e financista conhecido por sua ligação com uma vasta rede de tráfico sexual e de menores no início dos anos 2000. Ele cometeu suicídio, na prisão, em 2019.
O escândalo vem, há meses, manchando a administração Trump, que teve uma relação de amizade com o empresário nos anos 1990 e 2000. O presidente nunca foi investigado a esse respeito o caso e afirma ter se afastado de Epstein quando as denúncias de abuso vieram à tona.
Durante a campanha de 2024, o republicano prometeu que tornaria públicos os arquivos secretos sobre a investigação acerca das denúncias, mas o governo tem adiado a divulgação dos documentos.
Muitos americanos acreditam que os documentos incluem uma lista de clientes poderosos que abusavam menores. Trump, entre outras figuras do alto escalão, supostamente estaria entre os nomes – mas nada disso foi oficialmente confirmado.
⚠️ Por que isso é mentira?
O post enganoso tem a mesma aparência de um pop-up do site tylenol.com (veja abaixo), mas que originalmente apresenta a seguinte mensagem: “Nós apoiamos a ciência e apoiamos você. […] Os fatos permanecem inalterados: mais de uma década de pesquisas rigorosas, apoiadas por importantes profissionais da área médica, confirmam que não há evidências confiáveis que vinculem o paracetamol ao autismo”.
Na data das declarações de Trump, a Kenvue afirmou que “não há base científica” sobre a associação do medicamento com casos de autismo. Além disso, no próprio site do medicamento, há uma página de esclarecimento sobre as alegações.
“Acreditamos que dados científicos independentes e sólidos demonstram claramente que tomar paracetamol não causa autismo. Discordamos veementemente de qualquer sugestão em contrário e estamos profundamente preocupados com os riscos à saúde e a confusão que isso representa para futuras mães e pais”, diz o comunicado.
Após o comentário de Trump, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que não há evidências científicas conclusivas que liguem o uso de paracetamol durante a gravidez ao autismo.
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Mensagem original do site do Tylenol.
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