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Dólar opera estável à espera de encontro entre Lula e Trump; bolsa sobe

por Redação
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Os mercados iniciam o dia em compasso de expectativa, com atenções voltadas à cena política e fiscal. Enquanto o governo brasileiro busca alternativas para cobrir um rombo de R$ 35 bilhões no Orçamento de 2026, investidores monitoram a possível reunião entre Lula e Trump e os desdobramentos da paralisação do governo americano.

▶️ Os investidores acompanham com atenção a possível confirmação do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos EUA, Donald Trump. A reunião está prevista para ocorrer no domingo (26), durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia.

▶️Nos EUA, a paralisação do governo se aproxima de se tornar a segunda mais longa da história, atrasando dados econômicos como o de inflação de setembro. As tensões comerciais com a China seguem no radar, após Trump afirmar que uma reunião com Xi Jinping pode gerar um “bom acordo”, embora sem garantias.

▶️ Na agenda econômica, o destaque interno é a divulgação do fluxo cambial semanal às 14h30, enquanto, nos EUA, saem os estoques de petróleo da AIE às 11h30 e o discurso de Michael Barr, vice-presidente do Fed, às 17h.

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

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💲Dólar

  • Acumulado da semana: -0,28%;
  • Acumulado do mês: +1,27%;
  • Acumulado do ano: -12,78%.

📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: +0,48%;
  • Acumulado do mês: -1,47%;
  • Acumulado do ano: +19,79%.

Orçamento 2026

Haddad disse que um projeto vai trazer medidas de arrecadação — como o aumento da tributação de bets — e o outro, ações de contenção de gastos – como mudanças no seguro-defeso.

O governo já tentou aprovar as propostas por meio de uma medida provisória, mas o texto enfrentou resistências no Congresso e perdeu a validade ao não ser votado no prazo.

  • A Medida Provisória 1303 ficou conhecida como MP do IOF porque tinha como objetivo compensar a revogação do decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Congresso.
  • O objetivo era aumentar a arrecadação para equilibrar as contas públicas.

No entanto, a medida sofreu forte resistência no Legislativo e acabou perdendo a validade, antes de ser votada. O governo agora estuda alternativas para recompor o Orçamento já que, com a derrubada da medida, a Fazenda vai enfrentar uma queda expressiva na arrecadação.

Haddad avalia que há mais apoio para aprovar as medidas de corte de gastos, que totalizavam R$ 15 bilhões. A ideia é incluir essas medidas num projeto que já esteja tramitando na Câmara dos Deputados.

Já a parte do aumento de receita, num total de R$ 20 bilhões, tende a sofrer mais resistência novamente. Entre essas medidas, está o aumento da tributação sobre fintechs, bets e juros sobre capital próprio.

Encontro Lula-Trump

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos confirmaram que o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump ocorrerá no próximo domingo, durante a abertura da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia.

A reunião está sendo organizada pelos ministérios das Relações Exteriores dos dois países.

  • Cerca de duas semanas atrás, Lula e Trump já haviam conversado por telefone por aproximadamente 30 minutos.
  • O telefonema foi seguido, na última quinta-feira, por uma reunião em Washington entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio.

Em ambas as ocasiões, o foco principal foi a pauta econômica. O ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, não foi mencionado.

Autoridades em Brasília avaliam que o encontro pode marcar o início de uma nova fase na relação entre os dois países, com potencial para destravar negociações comerciais e fortalecer o diálogo político.

A expectativa é que ambos demonstrem disposição para superar a pior crise em mais de dois séculos de relações bilaterais.

EUA em paralisação pelo 22º dia

O governo dos EUA chega hoje ao 22º dia de paralisação, sem sinal de acordo entre democratas e republicanos. O impasse já tornou este o segundo shutdown mais longo da história, e cresce o temor de que ele ultrapasse o recorde de 35 dias, registrado no primeiro mandato de Donald Trump.

A disputa gira em torno da renovação dos subsídios ampliados do Affordable Care Act (ACA), que expiram em breve e podem elevar os custos de saúde para cerca de 22 milhões de americanos.

  • Os democratas condicionam o fim da paralisação à garantia de que o Congresso aprove o prolongamento desses benefícios.
  • Já os republicanos, fortalecidos após reunião com Trump, recusam negociar sob o que chamam de “chantagem política”.

Enquanto isso, milhares de servidores federais se preparam para perder o primeiro salário integral desde o início do fechamento parcial do governo. Embora a lei preveja o pagamento retroativo, o próprio governo levantou dúvidas sobre o cumprimento dessa regra, ampliando o clima de incerteza.

Trump tem usado o impasse para reforçar sua agenda de redução do tamanho do Estado, afirmando que pretende cortar gastos e demitir servidores. A Casa Branca também advertiu que, se o bloqueio persistir, poderá faltar recursos para programas de assistência alimentar e até para o pagamento das forças armadas.

Com o presidente prestes a viajar para a Ásia, cresce a percepção de que o fim da paralisação ainda está distante.

Bolsas globais

Em Wall Street, os mercados futuros americanos operam em leve baixa nesta terça-feira, enquanto os investidores avaliam uma nova rodada de balanços corporativos.

Antes da abertura dos mercados, os contratos futuros do S&P 500 e do Dow Jones recuavam 0,1%, enquanto o Nasdaq cedia 0,3%.

As bolsas europeias operam sem direção única, refletindo balanços mistos das principais empresas do continente. Companhias de bens de consumo, como L’Oréal, Hermès e Adidas, decepcionaram os investidores, pressionando o setor. Já empresas ligadas a recursos básicos mostraram recuperação parcial das perdas recentes.

Durante a manhã, o STOXX 600 subia 0,06%, enquanto o DAX (Alemanha) caía 0,05%. O FTSE 100 (Reino Unido) avançava 0,89%, o CAC 40 (França) recuava 0,21%, e o FTSE MIB (Itália) tinha baixa de 0,41%.

Já os mercados asiáticos encerraram o pregão majoritariamente em queda, pressionados pelas tensões comerciais entre China e EUA, e pela forte desvalorização do ouro no mercado internacional.

O índice de Xangai recuou 0,07%, o CSI300 caiu 0,33% e o Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 0,94%. No Japão, o Nikkei teve leve baixa de 0,02%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, subiu 1,56%.

Já em Taiwan, o Taiex caiu 0,37%, e em Cingapura, o Straits Times avançou 0,32%, mostrando um desempenho desigual entre os principais mercados da região.

Notas de dólar. — Foto: Dado Ruvic/ Reuters

*Com informações da agência de notícias Reuters.

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