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Dólar opera em leve alta com mercado atento às projeções do boletim Focus; bolsa recua | G1

por Redação
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As negociações seguem ativas nesta semana, apesar do feriado de Natal reduzir os dias úteis na B3 e em Wall Street. Mesmo com a agenda mais enxuta, alguns indicadores seguem no radar e podem sinalizar tendências para a economia brasileira e internacional.

▶️ O Banco Central também divulgou a Pesquisa Firmus, que apontou maior otimismo das empresas sobre a economia. O estudo indica queda nas expectativas de inflação para 2025 e 2026, além de previsão de valorização do real frente ao dólar. As companhias projetam crescimento de 2,10% do PIB neste ano e 1,80% em 2026. .

▶️ Ainda sobre o tema, o ministro do STF Flávio Dino suspendeu os efeitos de uma proposta que autorizava o pagamento, até 2026, de emendas parlamentares não quitadas entre 2019 e 2023 — incluindo mecanismos associados ao chamado “orçamento secreto”, considerado inconstitucional pela Corte.

▶️ Nos Estados Unidos, com agenda mais esvaziada também por causa do feriado natalino, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) divulga o Índice de Atividade Nacional de Chicago de novembro, indicador que ajuda a avaliar o ritmo da economia americana.

▶️ No mercado internacional, o ouro renovou máximas sendo cotado a US$ 4.411,01 por onça, avanço de 1,7% nesta segunda. O movimento reflete a busca por proteção em um cenário de expectativa de cortes de juros nos EUA.

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado:

💲Dólar

  • Acumulado da semana: +2,19%;
  • Acumulado do mês: +3,63%;
  • Acumulado do ano: -10,53%.

📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: -1,43%;
  • Acumulado do mês: -0,38%;
  • Acumulado do ano: +31,75%.

Orçamento de 2026 é aprovado no Congresso

O Orçamento também incorpora cortes em gastos previdenciários e em programas sociais, como o Pé-de-Meia e o Auxílio Gás. Além disso, estabelece um piso mínimo de R$ 83 bilhões para investimentos públicos, como obras de infraestrutura e projetos do governo federal.

Segundo o arcabouço fiscal aprovado em 2023 — o conjunto de regras que limita o crescimento das despesas —, há uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual em relação à meta central.

Na prática, isso significa que a meta será considerada cumprida mesmo que o resultado seja neutro (saldo zero) ou chegue a um superávit de até R$ 68,6 bilhões.

A proposta foi analisada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) ainda pela manhã e, horas depois, recebeu aval de deputados e senadores em sessão conjunta do Congresso.

Do total reservado para emendas:

  • cerca de R$ 61 bilhões foram destinados a indicações parlamentares;
  • R$ 49,9 bilhões ficam sob controle direto do Congresso, incluindo emendas individuais, de bancada e de comissão.

As chamadas emendas impositivas — aquelas de pagamento obrigatório pelo governo — se dividem em:

  • emendas individuais, indicadas por cada deputado e senador: R$ 26,6 bilhões;
  • emendas de bancada, destinadas aos estados: R$ 11,2 bilhões.

Dino barra retomada de emendas antigas

Dino atendeu a um pedido apresentado por parlamentares do PSOL e da Rede. Na decisão, o ministro afirmou que o STF já havia barrado, em julgamentos anteriores sobre o chamado “orçamento secreto”, qualquer tentativa de reativar esses pagamentos, conhecidos tecnicamente como “restos a pagar”.

Segundo o ministro, a medida extrapola os limites definidos institucionalmente para corrigir as inconstitucionalidades reconhecidas pela Corte. Em sua avaliação, permitir a retomada dessas emendas desrespeita os parâmetros acordados entre os Três Poderes.

O dispositivo suspenso foi incluído em um projeto que tratava originalmente do corte de benefícios fiscais. No jargão do Congresso, esse tipo de inserção é chamado de “jabuti” — quando um tema sem relação direta é incluído em uma proposta legislativa.

Agenda econômica

  • 👉 O relatório reúne estimativas de mais de 100 instituições financeiras e funciona como um termômetro das expectativas do mercado para a economia brasileira.

Para 2025, a previsão de inflação caiu de 4,36% para 4,33%, marcando a sexta redução consecutiva. Já para 2026, a estimativa recuou de 4,10% para 4,06%, no quinto corte seguido. Nos anos seguintes, as projeções permaneceram estáveis: 3,80% para 2027 e 3,50% para 2028.

Em relação ao crescimento da economia, o mercado elevou levemente a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025, de 2,25% para 2,26%. Para 2026, a expectativa de crescimento permaneceu em 1,80%.

Os economistas também mantiveram a projeção para a taxa básica de juros em 2025. A estimativa para o fim do ano continua em 15% ao ano, nível atual da Selic, que é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Para o encerramento de 2026, a previsão subiu de 12,13% para 12,25% ao ano.

No câmbio, a expectativa para o valor do dólar ao fim de 2025 foi revisada para cima, de R$ 5,40 para R$ 5,43. Para o término de 2026, a projeção permaneceu em R$ 5,50.

Empresas consultadas pelo Banco Central passaram a demonstrar uma visão mais otimista em relação à inflação neste ano e no próximo, além de esperarem uma valorização do real frente ao dólar, informou a autoridade monetária nesta segunda-feira.

Os dados constam da nova edição da pesquisa Firmus, que reúne a percepção de empresas fora do setor financeiro sobre seus negócios e sobre o cenário econômico.

Segundo o levantamento, a mediana das expectativas de inflação para 2025 caiu de 5,0%, em setembro, para 4,5%. Para 2026, a projeção recuou de 4,5% para 4,2%.

No câmbio, as empresas também passaram a esperar um real mais forte. A mediana das estimativas indica que, em seis meses, o dólar deve estar em R$ 5,50, abaixo da previsão de R$ 5,60 registrada na rodada anterior da pesquisa.

  • 👉 A pesquisa Firmus é realizada a cada três meses. Esta edição reflete as respostas de 240 empresas, coletadas entre 10 e 28 de novembro.

Em relação à atividade econômica, as empresas estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país — cresça 2,10% neste ano.

O número é ligeiramente superior à projeção de 2,05% feita em setembro, mas ainda abaixo da estimativa de 2,26% indicada no boletim Focus desta semana e da previsão do próprio Banco Central, de alta de 2,3%.

Para 2026, a expectativa é de crescimento de 1,80% do PIB, abaixo dos 1,90% projetados anteriormente. Ainda assim, o resultado é mais otimista do que a estimativa do Banco Central, de 1,6%, e em linha com a projeção do Focus.

O BC destacou que a percepção das empresas sobre a situação econômica atual melhorou em relação às três pesquisas anteriores, embora ainda permaneça em um patamar negativo. Já a avaliação sobre o desempenho do próprio setor de atuação das empresas ficou praticamente estável.

  • 👉 O resultado representa o maior valor já registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995, e interrompe uma sequência de desaceleração no ritmo de crescimento.

Após alcançar um pico de alta real acumulada de 4,41% em julho, o avanço da arrecadação vinha perdendo força nos meses seguintes.

Esse movimento foi atribuído ao efeito dos juros elevados, que tendem a esfriar a atividade econômica e, consequentemente, a reduzir a arrecadação de impostos.

Com isso, o crescimento caiu para 3,73% em agosto, 3,49% em setembro e 3,20% em outubro.

Mesmo com essa oscilação mensal, o resultado acumulado de janeiro a novembro mostra uma retomada de fôlego.

No período, a arrecadação somou R$ 2,594 trilhões, um aumento real de 3,25% em relação aos primeiros onze meses de 2024 — também um recorde para esse intervalo.

Em novembro, os tributos administrados diretamente pela Receita Federal, que incluem os principais impostos federais, cresceram 1,06% em termos reais na comparação anual, alcançando R$ 214,398 bilhões.

Já a arrecadação administrada por outros órgãos, fortemente influenciada por receitas como royalties do petróleo, teve um salto expressivo de 93,10%, somando R$ 12,355 bilhões.

Bolsas globais

Os índices acionários em Wall Street subiam nesta segunda-feira, iniciando a semana encurtada por feriado com tom positivo já que as ações de tecnologia continuaram a se recuperar da liquidação da semana passada.

Além disso, os investidores aguardavam dados econômicos ainda esta semana, após sinais recentes de desaceleração da inflação nos EUA, que reforçam a possibilidade de cortes nos juros pelo Federal Reserve.

Na abertura, o Dow Jones Industrial Average subia 0,45%, enquanto o S&P 500 ganhava 0,58% e a Nasdaq Composite tinha alta de 0,59%.

Na Europa, os mercados começaram o dia em queda, devolvendo parte dos ganhos expressivos da semana passada.

O recuo ocorre em meio à liquidez reduzida por causa do período de festas e após um rali impulsionado pela expectativa de cortes nos juros americanos e pela postura mais otimista do Banco Central Europeu sobre a economia da zona do euro.

Por volta das 9h (horário de Brasília), o índice Stoxx 600 recuava 0,22%, após ter atingido recorde histórico no pregão anterior. Entre as principais bolsas, o DAX da Alemanha caía 0,07%, o CAC 40, da França, tinha baixa de 0,28%, e o FTSE 100, de Londres, recuava 0,41%.

Já os mercados asiáticos fecharam em alta, com destaque para China e Hong Kong, impulsionados por sinais de forte entrada de recursos e pela inauguração do Porto de Livre Comércio de Hainan

Empresas ligadas ao projeto, como China Tourism Group e Hainan Airlines, dispararam 10%, limite diário permitido. Além disso, fundos chineses recém-criados voltados para Hong Kong concluíram captação antes do prazo, indicando apetite por compra.

No fechamento, Xangai subiu 0,69%, a 3.917 pontos, e o CSI300 avançou 0,95%, a 4.611 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,43%, a 25.801 pontos.

Outros mercados também tiveram alta: Nikkei, no Japão, +1,8% (50.402 pontos); Kospi, na Coreia do Sul, +2,12% (4.105 pontos); Taiex, em Taiwan, +1,64% (28.149 pontos); e Straits Times, em Cingapura, +0,89% (4.610 pontos).

Notas de dólar. — Foto: Reuters

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