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Dólar e bolsa operam em queda com investidores atentos a indicadores econômicos

por Redação

O dia começa com dados importantes sobre o consumo no Brasil e movimentações relevantes no cenário internacional. Enquanto o mercado local observa indicadores e fluxo de recursos, os Estados Unidos concentram atenção em discursos do Fed e na divulgação de um relatório que pode influenciar expectativas econômicas.

▶️ No Brasil, o IBGE divulgou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), que mostrou que as vendas no varejo brasileiro avançaram 0,2% em agosto na comparação com o mês anterior e subiram 0,4% sobre um ano antes.

▶️ Nos EUA, o destaque é o Livro Bege, relatório do Federal Reserve, o banco central americano, que reúne percepções sobre a economia nos 12 distritos do país. O documento costuma orientar expectativas sobre inflação, emprego e crescimento.

▶️ Ao longo do dia, investidores também acompanham falas de dirigentes do Fed. Raphael Bostic fala às 13h10, Christopher Waller às 14h e Michael Schmid às 15h30, com possíveis sinais sobre os próximos passos da política monetária.

▶️ Ainda em âmbito internacional, o ouro ampliou seu rali ao ultrapassar US$ 4,2 mil a onça pela primeira vez nesta quarta-feira diante das expectativas de mais cortes na taxa de juros dos EUA, enquanto a incerteza econômica e geopolítica também levava os investidores à segurança do metal.

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

  • Acumulado da semana: -0,61%;
  • Acumulado do mês: +2,76%;
  • Acumulado do ano: -11,49%.

📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: +0,71%;
  • Acumulado do mês: -3,11%;
  • Acumulado do ano: +17,79%.

Vendas no varejo

As vendas varejistas no Brasil avançaram em agosto conforme o esperado, interrompendo série de quatro resultados negativos, embora o setor permaneça apresentando variações mensais modestas em um cenário marcado por política monetária restritiva e arrefecimento da atividade.

Em agosto, houve aumento de 0,2% nas vendas no varejo em relação a julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, com alta de 0,4% ante o mesmo mês do ano anterior.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,2% no mês e de 0,3% na comparação anual.

O varejo tem oscilado em uma margem estreita este ano, com variações mensais positivas ou negativas sempre abaixo de 1%, conforme o setor equilibra de um lado uma taxa básica de juros elevada — a Selic está atualmente em 15% –, o que restringe o crédito e afeta o consumo, e de outro um mercado de trabalho aquecido.

Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo, cinco tiveram resultados positivos em agosto:

  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%);
  • Tecidos, vestuário e calçados (1,0%);
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%);
  • Móveis e eletrodomésticos (0,4%);
  • e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).

“Os produtos de informática tiveram forte influência do dólar, em franca desvalorização em agosto”, disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. No mês, o dólar acumulou perda de 3,18% em relação ao real.

Já as taxas negativas foram registradas por Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%); Combustíveis e lubrificantes (-0,6%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%).

No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 0,9% em agosto na comparação com julho, mas caiu 2,1% na base anual.

EUA em paralisação pelo 15º dia

A paralisação do governo dos Estados Unidos chegou ao 15º dia nesta quarta-feira, com sinais de que o impasse pode se tornar o mais longo da história.

Isso porque o presidente Donald Trump, junto aos republicanos no Congresso americano, estão se mantendo firmes na estratégia de pressionar os democratas — que exigem mais recursos para saúde, incluindo a reversão de cortes no Medicaid e a extensão de benefícios ligados ao Obamacare.

Ontem, Trump anunciou que divulgará nesta sexta-feira (17) uma lista de programas democratas que foram encerrados durante o shutdown. Segundo ele, muitos desses projetos não serão retomados, o que representa uma mudança significativa na estrutura de gastos públicos.

A Casa Branca também informou que está se preparando para novas demissões, ampliando o impacto da paralisação sobre o funcionalismo federal.

No Senado, uma nova tentativa de votação está marcada para as 14h15 (horário de Washington), com o objetivo de aprovar uma proposta que reabriria o governo até 21 de novembro. No entanto, a expectativa é de que o projeto não alcance os 60 votos necessários.

Enquanto isso, Trump reforça que está aproveitando o momento para cortar gastos e enfraquecer programas que considera prejudiciais, afirmando que os democratas estão “perdendo” com a paralisação.

Bessent: Trump está pronto para se reunir com Xi

O presidente dos EUA, Donald Trump, está pronto para se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, e as autoridades dos dois países estão trabalhando para marcar uma reunião, disse o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, nesta quarta-feira.

Bessent disse à CNBC que os EUA não queriam intensificar o conflito com a China e não queriam se dissociar da segunda maior economia do mundo.

Ele disse que foi devido à confiança entre Trump e Xi que o conflito comercial entre os dois países não aumentou ainda mais.

A declaração ocorre após, na véspera, em entrevista ao “Financial Times”, Bessent acusar a China de tentar enfraquecer a economia global, depois que o governo chinês anunciou novas restrições à exportação de terras raras.

Bolsas globais

Em Wall Street, os mercados americanos operam com otimismo nesta quarta-feira, impulsionados por bons resultados corporativos e pela expectativa de cortes nos juros.

Comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre o mercado de trabalho na véspera reforçaram a aposta de que os juros podem ser reduzidos ainda este mês.

Apesar disso, ontem o clima também foi de tensão, com Trump ameaçando novas restrições comerciais à China, após o país asiático impor sanções a subsidiárias americanas.

O Dow Jones Industrial Average subia 0,23% na abertura, para 46.375,17 pontos. O S&P 500 ganhava 0,66%, a 6.688,27 pontos, enquanto o Nasdaq Composite tinha alta de 0,96%, para 22.738,496 pontos.

Já as bolsas europeias operam em alta, recuperando parte das perdas recentes. O avanço é puxado por empresas do setor de luxo, enquanto investidores acompanham os desdobramentos das reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington.

Durante a manhã, entre os principais índices, o STOXX 600 sobe 0,61%. O DAX, da Alemanha, avança 0,13%, enquanto o FTSE 100, do Reino Unido, recua 0,58%. O CAC 40, da França, lidera os ganhos com alta de 2,37%, e o FTSE MIB, da Itália, sobe 0,35%.

Por fim, as bolsas asiáticas fecharam em alta, com os investidores mantendo a expectativa de novos estímulos econômicos na China, apesar das tensões comerciais com os EUA.

No fechamento, o índice de Xangai subiu 1,22%, enquanto o CSI300 avançou 1,48%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 1,84%. O Nikkei, em Tóquio, subiu 1,8%.

Já o KOSPI, em Seul, valorizou 2,68%, o TAIEX, em Taiwan, avançou 1,80%, o Straits Times, em Cingapura, ganhou 0,41%, e o S&P/ASX 200, em Sydney, subiu 1,03%.

Notas de dólar. — Foto: Reuters

*Com informações da agência de notícias Reuters.

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