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Dólar cai e fecha em R$ 5,37, com atenção ao mercado externo; bolsa avança aos 144 mil pontos

por Redação
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As atenções dos investidores ficaram divididas entre as projeções econômicas no Brasil, o impasse fiscal nos Estados Unidos e os novos desdobramentos nas relações entre Washington e Pequim, enquanto a economia chinesa mostra sinais de estabilidade.

▶️ Na agenda interna, o Banco Central divulgou o Boletim Focus da semana encerrada em 17 de outubro. A mediana das projeções dos economistas para a inflação oficial em 2025 recuou de 4,72% para 4,70%, na quarta queda seguida.

▶️ Nos EUA, o impasse em torno da aprovação do orçamento mantém o risco de paralisação parcial do governo. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, alertou que os cortes já estão “atingindo o músculo da economia”, com prejuízos estimados em cerca de US$ 15 bilhões por dia.

▶️ Falando na China, o PIB do gigante asiático cresceu 4,8% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado em linha com as projeções de analistas e que reforça a percepção de estabilidade da economia.

▶️ No exterior, a Apple se aproximou da marca de US$ 4 trilhões em valor de mercado, impulsionada pelo otimismo dos investidores com a demanda pelo iPhone 17.

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

  • Acumulado da semana: -0,63%;
  • Acumulado do mês: +0,91%;
  • Acumulado do ano: -13,09%.

📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: +0,77%;
  • Acumulado do mês: -1,18%;
  • Acumulado do ano: +20,14%.

Boletim Focus

Para 2026, a expectativa de inflação também foi ajustada, passando de 4,28% para 4,27%. Já para 2027 e 2028, as projeções recuaram de 3,90% para 3,83% e de 3,68% para 3,60%, respectivamente, indicando uma tendência de desaceleração gradual no horizonte mais longo.

No que diz respeito ao crescimento da economia, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 subiu ligeiramente, de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a expectativa permaneceu estável em 1,80%, sinalizando uma visão cautelosa dos analistas sobre o ritmo de expansão econômica nos próximos anos.

Além disso, o mercado manteve suas estimativas para a taxa básica de juros (Selic). A projeção para o fim de 2025 segue em 15% ao ano — atual patamar da taxa. Para 2026 e 2027, as expectativas continuam em 12,25% e 10,50% ao ano, respectivamente, refletindo uma perspectiva de queda gradual nos juros ao longo do tempo.

Trump ameaça taxar a China em 155%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a ameaçar a China com tarifas nesta segunda-feira (20). Segundo o republicano, há a possibilidade de os EUA taxarem o gigante asiático com taxas de 155% a partir de 1º de novembro caso os dois países não consigam chegar a um acordo.

Trump declarou que pretende viajar à China no início de 2026 a convite de Pequim. Nas próximas semanas, a expectativa é que representantes dos dois países também se encontrem na Coreia do Sul para uma nova negociação.

“Acho que vamos nos sair muito bem com a China. A China não quer conflito”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca. “Temos o melhor de tudo e ninguém vai mexer com isso… Acredito que vamos fechar um acordo comercial muito forte. Ambos ficaremos satisfeitos.”

Na última sexta-feira (17), o presidente dos EUA afirmou que a tarifa de 100% sobre produtos chineses não é sustentável, mas que ele foi forçado a adotá-la por conta da postura chinesa.

Trump afirma que a China está sempre buscando vantagem sobre os EUA nos acordos comerciais e busca um novo acordo com os chineses, assim como fez com outros países desde que retornou à Casa Branca, em janeiro.

Em entrevista à Fox Business Network, o presidente americano voltou a falar sobre a necessidade de um acordo justo entre as duas maiores economias do mundo e admitiu que ainda não sabe qual será o desfecho do conflito comercial.

O acordo foi definido em uma videoconferência entre o vice-premiê He Lifeng e o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, em uma conversa descrita como “franca e construtiva”.

EUA em paralisação pelo 20º dia

A paralisação do governo dos EUA chega ao seu 20º dia nesta segunda-feira, tornando-se a terceira mais longa da história do país.

  • Desde o início do mês, mais de 750 mil servidores federais foram afastados de suas funções, enquanto outros, considerados essenciais — como militares, agentes de segurança e controladores de tráfego aéreo — seguem trabalhando sem garantia de pagamento.

O Senado deve realizar nesta segunda-feira a 11ª tentativa de votação para encerrar o impasse. Caso o projeto seja aprovado e sancionado por Donald Trump, a paralisação será encerrada.

Se não houver acordo, o bloqueio orçamentário continuará, ampliando os prejuízos econômicos, que já são estimados em US$ 15 bilhões por dia, segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

O principal ponto de divergência entre democratas e republicanos está na manutenção dos subsídios fiscais para quem compra planos de saúde pelo sistema conhecido como “Obamacare”.

Enquanto os democratas exigem que o benefício seja renovado, os republicanos querem discutir o tema separadamente, o que tem travado as negociações.

Bolsas globais

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street fecharam em alta nesta segunda-feira, impulsionados por ações de tecnologia e conforme investidores se preparam para uma série de balanços corporativos. Um relatório de inflação, previsto para ser divulgado no final desta semana, também pode abalar os mercados à frente.

O Dow Jones Industrial Average subiu 1,11%, para 46.704,50 pontos. O S&P 500 ganhou 1,07%, a 6.735,02 pontos, enquanto o Nasdaq Composite teve alta de 1,37%, para 22.990,54 pontos.

As bolsas europeias encerraram o pregão em alta, impulsionadas pela redução das preocupações com o setor bancário dos EUA.

A melhora no sentimento dos investidores levou à busca por ativos mais arriscados, com destaque para os setores industrial e de defesa, que se recuperaram das perdas da semana passada.

No fechamento, o índice pan-europeu STOXX 600 avançou 1,03%. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,52%, enquanto em Frankfurt o DAX teve alta de 1,80%. O CAC 40, em Paris, registrou leve ganho de 0,39%, e o FTSE MIB, em Milão, valorizou 1,52%. Em Madri, o IBEX 35 subiu 1,46%, e em Lisboa, o PSI20 teve alta de 0,71%.

Na Ásia, os mercados fecharam em alta, com destaque para Hong Kong, que teve o melhor desempenho em dois meses. A recuperação foi impulsionada pela expectativa de que o presidente dos EUA, Donald Trump, recue nas ameaças de novas tarifas contra a China.

Além disso, investidores acompanham uma reunião importante do Partido Comunista chinês, que deve traçar os rumos da economia para os próximos cinco anos.

No fechamento, o índice Nikkei, de Tóquio, subiu 3,37%. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 2,42%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,63%. O CSI300, que reúne grandes empresas chinesas, subiu 0,53%.

Em Seul, o Kospi ganhou 1,76%, e em Taiwan, o Taiex teve alta de 1,41%. Cingapura manteve o mercado fechado nesta segunda-feira.

Dólar — Foto: Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo

*Com informações da agência de notícias Reuters.

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