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Dólar abre em leve alta com foco em dados econômicos do Brasil e paralisação nos EUA

por Redação

Tanto o cenário interno quanto o externo seguem no radar do mercado: nos Estados Unidos, a paralisação do governo (“shutdown”) afeta a agenda econômica, enquanto, no Brasil, os holofotes se voltam para os indicadores de inflação e as discussões fiscais do governo brasileiro.

▶️ Nos EUA, o governo completa o sexto dia de shutdown, iniciado na quarta-feira (1º) por falta de aprovação do orçamento. Republicanos e democratas seguem em impasse, enquanto a Casa Branca ameaça demissões em massa. Senado deve votar novo plano de financiamento.

▶️Apesar da paralisação, a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) deve ser divulgada nesta semana, detalhando as discussões que levaram à última redução dos juros nos EUA. Outros destaques são expectativas preliminares de inflação e confiança do consumidor pela Universidade de Michigan.

▶️ No Brasil, a agenda da semana ganha destaque na quinta-feira (9), com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, a inflação oficial do país. Nesta segunda, o mercado também acompanha o Boletim Focus e a balança comercial de setembro.

▶️Ainda no noticiário doméstico, o presidente do Banco Central do Brasil(BC), Gabriel Galípolo, participa em São Paulo de uma palestra da Fundação FHC sobre os desafios da economia brasileira no novo cenário global.

Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair

💲Dólar

  • Acumulado da semana: -0,04%;
  • Acumulado do mês: +0,25%;
  • Acumulado do ano: -13,65%.

📈Ibovespa

  • Acumulado da semana: -0,86%;
  • Acumulado do mês: -1,39%;
  • Acumulado do ano: +19,88%.

Produção industrial no Brasil

A produção das fábricas brasileiras teve um avanço maior do que o previsto em agosto, após quatro meses de resultados fracos. Mesmo com os juros altos e o início de tarifas dos EUA, o setor cresceu 0,8% em relação a julho, superando a expectativa de 0,3%. Esse foi o melhor resultado mensal desde março.

Mesmo assim, em relação a agosto do ano anterior, houve uma pequena retração de 0,7%. Ainda assim, o desempenho superou as estimativas, que indicavam uma redução mais acentuada, de 0,8% no período.

Segundo o IBGE, o crescimento foi puxado por áreas como medicamentos, combustíveis e alimentos. Das 25 atividades analisadas, 16 tiveram aumento na produção.

Já os produtos químicos foram os que mais influenciaram negativamente, com queda de 1,6%. Três das quatro categorias econômicas também cresceram, com destaque para os bens usados no dia a dia.

Por outro lado, os bens ligados a investimentos tiveram queda.

Mesmo com esse resultado positivo, especialistas apontam que a indústria ainda enfrenta dificuldades por causa dos juros altos, que tornam o crédito mais caro e dificultam novos investimentos.

Senado americano avalia paralisação

O Senado dos EUA vai votar nesta sexta-feira duas propostas — uma dos democratas e outra dos republicanos — para tentar encerrar a paralisação do governo, que já dura três dias. No entanto, não há expectativa de que qualquer uma delas seja aprovada.

Os dois lados continuam sem acordo e trocando acusações sobre quem é responsável por não manter o funcionamento do governo após o início do novo ano fiscal, em 1º de outubro.

  • A paralisação já suspendeu pesquisas, divulgação de dados econômicos e o funcionamento de vários serviços.
  • Cerca de 2 milhões de servidores estão sem pagamento, e uma paralisação prolongada pode afetar viagens, distribuição de alimentos e até o funcionamento dos tribunais.

O Senado já rejeitou propostas semelhantes três vezes, e mesmo com maioria republicana, são necessários votos democratas para aprovar qualquer plano.

PMI de serviços nos EUA

A atividade do setor de serviços nos EUA ficou parada em setembro, refletindo uma queda nos pedidos feitos às empresas e dificuldades para contratar. O Índice de Gerentes de Compras (PMI), que mede esse desempenho, caiu de 52,0 em agosto para 50 — o que indica estabilidade, mas sem crescimento.

A expectativa era de uma queda menor, para 51,7.

A pesquisa também mostrou que os novos pedidos caíram de 56,0 para 50,4, e o indicador de emprego, embora tenha subido de 46,5 para 47,2, continua apontando fraqueza.

A inflação nos serviços segue elevada, com o índice de preços pagos pelas empresas subindo de 69,2 para 69,4.

Passagens aéreas, restaurantes e hotéis estão entre os itens que mais encareceram.

Diante desse cenário, o banco central dos EUA cortou os juros em setembro, de 4,25% para 4,00%, tentando estimular a economia, mas ainda não há certeza sobre novos cortes.

Bolsas globais

Em Wall Street, índices americanos fecharam mistos. O Dow Jones Industrial Average subiu 0,51%, para 46.758,28 pontos. O S&P 500 ficou estável, a 6.715,25 pontos, e o Nasdaq Composite recuou 0,28%, para 22.780,51 pontos.

As bolsas europeias encerraram a semana em alta, com destaque para os setores de saúde e mineração. O bom desempenho foi impulsionado pela expectativa de que os EUA possam reduzir os juros em breve, o que animou os investidores e trouxe mais confiança ao mercado.

Com isso, o índice geral europeu STOXX 600 subiu 0,50%, fechando aos 570,45 pontos — seu melhor resultado semanal em cinco meses.

Em Londres, o Financial Times avançou 0,67% (9.491,25 pontos). Paris teve alta de 0,31% (8.081,54 pontos), Milão subiu 0,42% (43.258,11 pontos), Madri ganhou 0,57% (15.585,10 pontos) e Lisboa registrou valorização de 0,86% (8.115,02 pontos).

Frankfurt foi a única exceção, com queda de 0,18% (24.378,80 pontos).

Na Ásia, os resultados foram mistos: em Hong Kong, os investidores aproveitaram os lucros recentes e venderam ações, o que fez o mercado cair após três dias de alta. Empresas de tecnologia e montadoras tiveram quedas expressivas.

Em outras partes da região, o clima foi mais positivo, com altas em países como Japão, Coreia do Sul e Taiwan.

Com isso, o índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,54%, encerrando o dia aos 27.140 pontos. Em Tóquio, o Nikkei subiu 1,9%, chegando a 45.769,50 pontos. O Kospi, da Coreia do Sul, teve alta de 2,70% (3.549 pontos), enquanto o Taiex de Taiwan avançou 1,45% (26.761 pontos).

Em Cingapura, o Straits Times subiu 0,38% (4.412 pontos), e em Sydney, o S&P/ASX 200 teve valorização de 0,46% (8.987 pontos).

Já os índices da China continental permaneceram fechados até o dia 8 por conta do feriado da “semana dourada”.

Dólar — Foto: Karolina Grabowska/Pexels

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