Defesa diz que Rio solicitou, em janeiro, blindados após morte de militar da Marinha

Defesa diz que Rio solicitou, em janeiro, blindados após morte de militar da Marinha

O Ministério da Defesa informou nesta terça-feira (28) que o governo do Rio de Janeiro pediu, em janeiro deste ano, o fornecimento de veículos blindados na capital fluminense após a morte de uma militar da Marinha no Hospital Naval Marcílio Dias.
Na ocasião, segundo o Ministério da Defesa, a Marinha posicionou veículos blindados no perímetro do hospital, dentro de um limite legal de 1,4 mil metros ao redor de instalações militares. Essa medida foi voltada à segurança da área e dos militares circulam no local.
O pedido de blindados feito pelo governo do Rio foi encaminhado à Advocacia-Geral da União para análise. Posteriormente, o órgão emitiu parecer técnico indicando que a solicitação do governo fluminense “somente poderia ser atendida no contexto de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)”.
Operações desse tipo só ocorrem com um decreto presidencial, que não foi editado. Logo, os blindados solicitados não foram fornecidos ao governo estadual.
Nesta terça, forças de segurança do Rio de Janeiro realizaram uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Pelo menos 64 pessoas morreram em confrontos – 4 delas policiais – e 81 foram presas.
Em entrevista nesta terça, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, lembrou o pedido de blindados feito às Forças Armadas e se queixou de falta de apoio do governo federal.
“Tivemos pedidos negados três vezes: para emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente [Lula] é contra a GLO. Cada dia uma razão para não estar colaborando”, reclamou Castro.

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