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Como a geração Z enxerga as lideranças mais velhas

por Redação
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Uma parcela significativa da geração Z – os nascidos entre 1997 e 2012 – está no mercado de trabalho e os mais novinhos têm opinião formada sobre diversos assuntos. Principalmente, é um grupo bastante heterogêneo que não pode ser visto como um monolito. A organização norte-americana CoGenerate, que trabalha em ações para facilitar a intergeracionalidade, acaba de divulgar um estudo valioso sobre como esses jovens enxergam as lideranças maduras; de que forma desejam ser tratados; e como acreditam em uma verdadeira parceria com os mais velhos.
Jovens da geração Z querem aproveitar o talento e as experiências dos aliados mais velhos, mas muitas vezes não sabem por onde começar
ghcassel para Pixabay
A CoGenerate reuniu 26 jovens líderes, com idades que variavam entre 12 e 19 anos, que atuam em diferentes áreas nos Estados Unidos. Se os adolescentes de ontem não esperavam ter uma voz, hoje eles têm um celular com câmera, acesso ao conhecimento e uma plataforma global de comunicação que lhes permite falar com dezenas de pessoas que conhecem e milhões que não conhecem.
É o caso de Leena Albinali, que tinha 14 anos quando criou um acampamento de verão intergeracional, na Califórnia. Ou Molly McAlvanah, que, aos 16 anos, se tornou mesária eleitoral e fez campanha de porta em porta para apoiar candidatos e causas em que acreditava. Ou ainda Elijah Lee, um ativista comunitário que, aos 10 anos, liderou sua primeira marcha de conscientização sobre abuso infantil. Aos 17 anos, ajudou a redigir mais de 40 peças legislativas na Virgínia, destinadas a apoiar sobreviventes de abuso infantil.
O estudo deu origem a cinco eixos para nortear o relacionamento entre as gerações, com foco em parcerias genuínas, nas quais adolescentes e aliados mais velhos trabalham lado a lado por mudanças. Vamos a eles:
Não somos seus filhos: adultos tendem a só saber se relacionar com os jovens através da lente dos seus próprios filhos. Apesar de poderem ter a idade deles, todos querem ser tratados como parceiros sérios e capazes de contribuir. A colaboração intergeracional deve ser construída a partir de respeito e aprendizado de mão dupla. Um recado: quando tiver dúvidas sobre como interagir, considere como gostaria que os aliados mais velhos tivessem falado contigo quando tinha essa idade.
Ouça. Simples assim: adultos se apressam em dar conselhos quando tudo de que os jovens precisam é de alguém para ouvi-los. Como deve agir uma liderança madura:
Não se apresse em preencher o espaço. Dê tempo para compartilharem seus pensamentos.
Faça perguntas abertas: “Como você se sente sobre isso?”, ou “Como posso te apoiar?”.
Jovens valorizam os conselhos dos adultos, mas querem a chance de pedi-los por conta própria. Nem sempre estão procurando mentoria.
Quando pedirem conselhos, coaching ou mentoria, explique as coisas sem ser condescendente. Permita que encontrem suas próprias respostas.
Esteja disposto a compartilhar seus processos de tomada de decisão e seu “manual”, sem tentar controlar a situação.
Se você se pegar falando mais da metade do tempo, pare e convide os outros a participar.
Não nos chame só para fazer figuração: os jovens sabem quando estão sendo usados apenas por uma questão de imagem ou de marketing e não têm medo de expor esse tipo de comportamento. Querem lidar com situações reais e complexas, e não simulações ou problemas teóricos. Portanto, algumas recomendações:
Não peça a indivíduos para falarem em nome de todos. As pessoas mais velhas tentam agrupar os jovens em uma caixa e presumir que todos vivem as mesmas experiências – por exemplo, em relação à tecnologia – o que não é verdade.
Juventude não é a única coisa que eles trazem para a mesa, então não há necessidade de mencioná-la constantemente. Na maioria das vezes, tal postura os afasta.
Permita que os jovens participem de maneiras significativas: como moderadores, painelistas, organizadores e membros de conselho.
Pergunte quem está faltando na conversa e os incentive a projetar soluções para trazer essas vozes para a mesa.
Nós corresponderemos: se os aliados mais velhos lideram com abertura, autenticidade e curiosidade, é provável que os jovens sigam o exemplo. Dada a dinâmica de poder existente, muitos dizem que é papel dos líderes estabelecer a cultura para as colaborações intergeracionais. Isso significa criar oportunidades para aprender, experimentar, cometer erros e falhar. No entanto, eles também querem a oportunidade de co-criar a cultura. Portanto, convide-os a colaborar efetivamente na criação de normas e práticas, e celebre o aprendizado e a experimentação, não apenas o sucesso.
Queremos o poder de mudar as coisas: os jovens entendem o valor do trabalho entre gerações. A maioria deseja aproveitar o talento e a experiência dos mais velhos, mas muitas vezes não sabe por onde começar, nem como colaborar. As lideranças podem promover uma colaboração significativa, lhes dando poder real: compartilhando decisões, responsabilidades e crédito. O desconforto faz parte do processo, mas leva a uma conexão autêntica e a transformações.
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